Por prevenção, Prefeitura de Uberlândia intensifica ações de combate a roedores

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ccz - Pragas e Eventos
Agentes do Centro de Controle de Zoonoses monitoram roedores em bueiros de Uberlândia — Foto: Prefeitura de Uberlândia/Divulgação

Apesar de Uberlândia não registrar caso de óbito por leptospirose – doença transmitida por ratos – desde 2016, agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensificaram neste ano as ações de monitoramento e controle dos roedores. O objetivo é a prevenção.

Segundo a Prefeitura, 17 agentes, parte do Programa de Agravos e Roedores da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), monitoram as vias públicas e bueiros, além de imóveis em situações específicas, principalmente de acumuladores. Nos quatro primeiros meses de 2019, seis notificações da doença foram registradas na cidade, com um caso confirmado.

Conforme a Administração, além de não registrar morte pela doença há três anos, houve ainda queda nos registros da enfermidade. Em 2016, foram 21 notificações, com três confirmações. Já em 2017, foram 12 casos suspeitos, com dois diagnósticos confirmados. Em 2018, a estatística se repetiu em relação ao ano anterior.

Segundo o CCZ, entre os 3.273 atendimentos realizados pelo Programa de Agravos e Roedores no primeiro quadrimestre de 2019, a maioria (2.958) foi em vias públicas, onde os roedores costumam se esconder nos bueiros.

Acumuladores

De acordo com o CCZ, foram realizadas, ainda, 40 visitas a casas onde há acumuladores em potencial, 43 em lares onde há pessoas em situação de vulnerabilidade que não têm condições de fazer o combate dos roedores e seis atendimentos em locais após notificação de mordidas.

Segundo a coordenadora do Programa de Agravos e Roedores, Juliana Junqueira, nas residências, a responsabilidade é dos proprietários, mas é realizado um trabalho de orientação para sanar dúvidas. A exceção vale para alguns casos específicos.

“Para as situações que envolvem acumuladores de entulhos, população de muito baixa renda, idosos morando sozinhos, pessoas com entes acamados e outros casos analisados individualmente, é realizada ação com produtos raticidas, orientação e monitoramento semanal até o controle efetivo”, afirmou.

Além da busca ativa nos locais já mapeados, o atendimento da UVZ ocorre via solicitação direta da população. O serviço pode ser solicitado por telefone pelo número 3213-1470.

Doenças

Conforme o CCZ, além de leptospirose, há três espécies existentes de roedores urbanos que podem transmitir desde alergias respiratórias até problemas de pele e mordeduras. São eles o rato de esgoto ou ratazana (principal vetor da leptospirose), o rato de telhado (mais presente nas residências) e o camundongo.

A leptospirose é causada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente roedores. Sua transmissão ocorre quando a excreção entra em contato com o corpo humano.

Os sintomas demoram em média sete dias para se manifestar e incluem febre alta, mal estar, dor muscular, desidratação, náuseas, tosse e diarreia. Apesar da gravidade, a enfermidade tem cura e o diagnóstico e tratamentos são feitos de forma rápida.

Medidas de controle

  • Manter quintais, terrenos e imóveis limpos
  • Não disponibilizar acesso dos roedores aos alimentos
  • Não deixar restos de comida e louça suja na pia e fogão
  • Acondicionar bem o lixo e ração de animais domésticos
  • Vedar todo tipo de abertura em muros, paredes, caixas de gordura, esgoto e passagem
  • Não acumular lixo, entulho e materiais inservíveis que podem ser usados como abrigo
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