Praga de ratos em Paris preocupa lixeiros

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- Pragas e Eventos

Os cantoneiros de limpeza de Paris alertaram a câmara municipal para uma praga de ratos, alegando que a sua integridade física está em risco devido à agressividade dos roedores, avança o Le Parisien.

Tendo-se tornado imunes ao veneno, os ratos estão contaminados com parasitas que podem ser perigosos para o ser humano. Um dos “lixeiros” da capital de França gravou um vídeo entre Musée d’Orsay e Pont Royal, zona altamente turística, onde mostra um contentor do lixo repleto de roedores. Em entrevista ao jornal francês, David descreveu a situação como “horrorosa”, confessando que os seus colegas “esmagaram” todos os ratos no camião do lixo.

“Desde o ano passado que temos visto uma proliferação de ratos nos arredores do rio Sena”, disse o cantoneiro de limpeza ao jornal, considerando a situação insustentável para “parisienses e turistas que visitam a cidade mais bonita do mundo”.

O homem falou ainda da agressividade dos animais, referindo que um colega foi atacado por um rato que “lhe saltou para a garganta e outro para o braço”.

Já em 2016 a infestação de ratos era considerada um problema pelos parisienses. Na altura, queixaram-se de que não conseguiam frequentar vários parques devido à presença de roedores.

Agora, os “lixeiros” de Paris exigem medidas à câmara local para “erradicar o problema”.

Cidade já tinha tentado eliminar praga
Durante o ano passado, a cidade de Paris tentou resolver a praga de roedores, fechando tampas de esgoto e parques onde foram espalhados veneno e armadilhas “amigas do ambiente”, explica o Telegraph.

Em Setembro, inclusive, a capital francesa investiu 1.5 milhões de euros em controlo de pestes. Contudo, as medidas não tiveram muito impacto, estimando-se que o número de ratos na cidade ronde os dois por cada habitante.

Segundo um estudo, referido pelo jornal britânico, metade dos ratos parisienses são imunes a veneno. Além da imunidade, os roedores têm no organismo cerca de 16 parasitas, dos quais sete podem ser perigosos para as pessoas.

Petição para terminar “genocídio”
Por outro lado, existe também em Paris quem não queira exterminar os roedores. Segundo o Telegraph, cerca de 25 mil pessoas assinaram, em Setembro do ano passado, uma petição para travar o “genocídio” de ratos.

Josette Benchetrit, psicóloga responsável pela petição, acredita que a “fobia a ratos é uma fobia social despropositada, tal como a fobia a aranhas”.


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