Incidente no Instituto de Artes levanta preocupações sobre infestação no campus e na região central de Porto Alegre; Vigilância Sanitária reforça controle
Um incidente envolvendo um escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) no Instituto de Artes (IA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) levou à interdição do prédio e acendeu um alerta sobre a presença desses animais peçonhentos no Centro Histórico de Porto Alegre. Uma professora foi picada dentro de seu local de trabalho na manhã da última terça-feira, 29 de abril, gerando uma resposta imediata da universidade e das autoridades sanitárias municipais.
A docente foi prontamente socorrida e encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde recebeu o tratamento necessário e, segundo informações da UFRGS e de fontes de notícias, passa bem e está em recuperação. O escorpião-amarelo é considerado uma das espécies mais perigosas do Brasil, cujo veneno pode ser fatal, especialmente para crianças, idosos ou pessoas com saúde debilitada.
Prédio Interditado e Ações de Controle
Após o incidente, a direção do Instituto de Artes decidiu interditar o prédio, localizado na Rua Senhor dos Passos, para garantir a segurança da comunidade acadêmica. Em comunicado oficial, a UFRGS informou que o local permanecerá fechado até que todas as medidas de inspeção e controle ambiental sejam concluídas e a segurança seja totalmente restabelecida.
“Estará fechado até que encontremos a solução para retomarmos a normalidade do andamento de nossas atividades acadêmicas”, afirmou a direção do IA em nota. A universidade também realizou a dedetização do prédio, mas ainda não há data definida para a reabertura.
A presença de escorpiões no prédio do IA não é uma novidade, segundo relatos. Animais mortos já haviam sido encontrados anteriormente, indicando uma possível infestação que agora culminou no ataque à professora. O sindicato dos docentes (ADUFRGS-Sindical) aproveitou o incidente para denunciar a insalubridade do prédio.
Infestação no Centro Histórico e Resposta da Prefeitura
O caso na UFRGS reflete uma situação preocupante em toda a região central de Porto Alegre. Dados da prefeitura revelam um aumento significativo nas notificações de escorpiões amarelos. Somente em 2024, foram registrados 399 casos na cidade, sendo a esmagadora maioria (348) no Centro Histórico.
Em resposta ao incidente na universidade e à crescente preocupação pública, o Núcleo de Fiscalização Ambiental da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da prefeitura de Porto Alegre anunciou a intensificação das ações de contenção e controle de escorpiões na região. As equipes de vigilância estão realizando inspeções em edifícios, bueiros e redes de esgoto, além de orientar moradores e comerciantes sobre medidas preventivas.
Riscos e Prevenção
O escorpião-amarelo adapta-se facilmente a ambientes urbanos, encontrando abrigo e alimento em entulhos, lixo acumulado, redes de esgoto e frestas em construções. Sua picada pode causar dor intensa, vômitos, sudorese e, em casos graves, complicações cardiorrespiratórias.
As autoridades sanitárias recomendam medidas preventivas como:
- Manter limpos quintais, jardins e terrenos, evitando acúmulo de entulho, folhas secas e lixo;
- Vedar frestas e buracos em paredes, muros e rodapés;
- Usar telas em ralos de chão, pias e tanques;
- Afastar camas e berços das paredes;
- Verificar calçados e roupas antes de usá-los;
- Manter o lixo doméstico em sacos plásticos fechados e em recipientes com tampa.
Em caso de picada, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico, levando, se possível, o animal para identificação. O portal Pragas e Eventos, especializado no setor, oferece diversas informações sobre controle e prevenção do escorpionismo e cuidados gerais contra a proliferação de escorpiões. Embora não haja um artigo específico sobre o caso da UFRGS, o portal discute o problema crescente do escorpião-amarelo e a importância de medidas eficazes.
A UFRGS e a prefeitura seguem monitorando a situação e buscando soluções para controlar a infestação e garantir a segurança de estudantes, professores, funcionários e moradores da região central da capital gaúcha.
Fonte: Adaptado de POA 24 Horas, Jornal do Comércio, G1, GaúchaZH, UFRGS Notícias e Pragas e Eventos.