Queda em casos de dengue pode ser subnotificação

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Mosquito Aedes aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya — Foto: CDC/ Prof. Frank Hadley Collins, Dir., Cntr. for Global Health and Infectious Diseases, Univ. of Notre Dame

De acordo com o mapa epidemiológico disponível pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), entre a primeira e a 15ª semana deste ano, foram notificados 36.669 casos de dengue em Goiás. O número corresponde a uma queda de 43% em relação ao mesmo período ano passado, quando foram notificados 64.077 casos. Em 2019, a dengue estava 23% acima do mesmo período de 2018.

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde (MS) havia divulgado um estudo em que dizia que o Estado não estaria entre os 11 com risco de surto da dengue em todo Brasil neste ano, porque uma vez que a pessoa é acometida com um dos sorotipos da dengue, ela não poderia ser novamente infectada pelo mesmo vírus.

Em 2019, Goiás foi um dos mais afetados, ao lado de Minas Gerais e São Paulo, pelo tipo 2 da dengue. Até novembro de 2019, foram mais de 141 mil casos e mais de 60 mortes pela doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Além da dengue, chikungunya e zika tiveram um aumento de 248% nos registros.

Em Goiânia, foram notificados 21 casos de dengue desde o início do ano. Uma queda de 98% em relação ao mesmo período de 2019, quando os casos notificados chegavam a 876. Comparado a 2018, havia na época um aumento de 1.248% nos casos de dengue na capital.

Segundo Wellington Tristão da Rocha, biólogo e gerente da Gerência de Controle de Animais Sinantrópicos da Diretoria de Vigilância em Zoonoses, os números estão baixos, mas a pasta considera que provavelmente muitas pessoas não estão procurando assistência médica por medo de serem infectadas pela Covid-19. Mesmo assim, não se descarta a possibilidade de os números terem realmente reduzido devido às ações realizadas em combate ao mosquito transmissor.

“Nós não paramos com o trabalho de controle do Aedes aegypti, bloqueio de casos notificados, visitas e ponto estratégico, abertura de imóveis abandonados”, disse Wellington. Além disso, ele acredita que o período mais favorável às contaminações já está quase no fim. “Estamos caminhando para o inverno, onde os casos tendem a diminuir e o q tudo indica não haverá aumento significativo dos casos”, informou.

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