Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Vetores, Lúcia Taveira, o crescimento dos ataques tem relação direta com o aumento da temperatura e com os temporais de Verão. Isso porque o ambiente quente e úmido é propício para a reprodução dos escorpiões.
“O excesso de água na área externa da casa provoca o desalojamento dele, porque a nossa rede pluvial está infestada. É onde tem abrigo, alimento e a temperatura ideal, que é úmido e quente. Então, ele invade a casa pelos ralos e consegue subir por qualquer superfície”, explica.
Segundo Lúcia, quatro espécies de escorpião são encontradas no Brasil. O animal se alimenta de insetos e, normalmente, se esconde entre pedras, entulhos e lixo. Assim, para evitar acidentes, a coordenadora orienta manter as casas limpas e organizadas.
“A pessoa deve evitar pilhas de tijolos, de telhas e, se tiver que armazenar, colocar o mais longe possível da casa. O escorpião pode andar pela parede, por debaixo da porta, ou ralos. Por isso, é importante colocar rodapé nas portas, telas nas janelas e vedar os ralos”, diz.
Ainda segundo a coordenadora, caso o morador encontre um escorpião, deve guardá-lo dentro de um recipiente de vidro e levar até à unidade da Vigilância Epidemiológica ou o Centro de Controle de Zoonoses, na Zona Norte de Ribeirão.
“Em caso de acidente, procurar imediatamente uma unidade de saúde. O médico vai fazer o bloqueio anestésico e tentar até três vezes amenizar a dor. Se não conseguir, será encaminhado à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas, porque lá está o soro”, afirma.
A Secretaria Municipal da Saúde também orienta a população a verificar roupas e sapatos, antes de vesti-los. Dor intensa, sensação de ardência e inflamação local são os sintomas mais comuns da picada de escorpião. Nessa caso, o morador deve se dirigir à unidade de saúde mais próxima.