Servidores públicos e funcionários terceirizados do Ministério do Desenvolvimento Regional, em Brasília, enfrentam uma infestação de baratas há cerca de 4 meses. A pasta disse que vai providenciar a dedetização do prédio, mas não deu prazo para a realização.
A maioria dos insetos, segundo quem trabalha na autarquia, têm tamanho pequeno e entram nos equipamentos, nas tomadas, além de circularem com facilidade entre baias e computadores.
Um servidor que não quis se identificar disse à reportagem que uma colega de trabalho chegou a sentir as baratas dentro do telefone, quando fazia uma ligação. “Quando a gente abriu, viu que tinha um ninho de baratas e eram várias lá dentro.”
Ainda de acordo com os servidores, as “visitas” indesejadas começaram em 2011, quando o Ministério das Cidades funcionava no mesmo prédio. Um memorando que pedia “providências urgentes” chegou a ser encaminhado pelo assessor do então ministro, Mário Negromonte, à Coordenadoria Geral de Logística.
Na época, as baratas eram encontradas com maior frequência nas copas, onde havia maior concentração de alimentos, mas o prédio passava por dedetizações com frequência, segundo os funcionários. Eles disseram à reportagem que eram comunicados por e-mail sobre a realização do serviço.
No entanto, as mensagens pararam de chegar no início do ano, quando o Ministério das Cidades foi extinto pelo governo Bolsonaro (PSL) e o contrato com a empresa responsável pelo serviço foi cancelado.
Atualmente, o prédio é ocupado pelas secretarias de Saneamento, de Mobilidade Urbana, de Habitação e de Segurança Hídrica.
Combate diário
O professor e especialista em Zoologia da Universidade de Brasília (UnB) José Roberto Pujolafirma que a barata pequena – encontrada com maior frequência no prédio – é uma das espécies mais difíceis de se combater.
Mesmo assim, ele explica que a estratégia de combate é simples: dedetizações periódicas e limpeza constante do prédio. “O cuidado com os resíduos que o prédio produz é igualmente importante.”
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