Mãe relata demora na administração do soro antiescorpiônico; Autoridades investigam o ocorrido
Uma terrível tragédia atingiu Piracicaba, no estado de São Paulo, quando uma criança de 5 anos faleceu após sofrer uma picada de escorpião. A família da pequena Jamily Vitória Duarte alega que a demora em receber o soro antiescorpiônico na rede pública de saúde contribuiu para a trágica perda. O incidente ocorreu na noite de sexta-feira (11), e a criança veio a óbito na manhã de sábado (12).
Patrícia das Graças Adriana Duarte, mãe da Jamily, compartilhou a angustiante jornada que enfrentou após sua filha ser picada. Ela relatou que, ao levar a menina para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vila Cristina, por volta das 20h20, recebeu a devastadora notícia de que o soro antiescorpiônico não estava disponível na unidade, após mais de uma hora de espera. Jamily foi transferida posteriormente pelo Samu para a Santa Casa, onde finalmente teria recebido o tratamento, mas, infelizmente, seu estado de saúde já havia piorado consideravelmente.
O drama vivido pela família culminou na perda da pequena Jamily. Patrícia relata que, ao chegar à Santa Casa, a situação já era crítica, sendo necessário um esforço para encontrar uma veia para administração do soro. Apesar dos esforços médicos, a criança sofreu paradas cardíacas e veio a óbito por volta das 8h da manhã.
A Prefeitura de Piracicaba afirmou que o atendimento à criança teve início às 20h47 com a triagem e 21h03 com atendimento médico. A gravidade do caso levou a criança a ser encaminhada para a “sala vermelha” da unidade, visando estabilizar seu quadro clínico. A administração ainda informou que medidas iniciais de suporte clínico foram tomadas e que foi solicitada uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica da Santa Casa, onde Jamily deu entrada às 22h45, levada pelo Samu.
A administração municipal informou que a Organização Social de Saúde (OSS) responsável pela gestão da UPA abriu um procedimento para auditar o atendimento prestado.
A Secretaria de Estado da Saúde também se pronunciou sobre o caso, alegando que havia soro disponível na UPA e que investigará os motivos da transferência da criança para a Santa Casa.
O triste acontecimento gerou questionamentos sobre a agilidade do atendimento em casos tão sensíveis. Patrícia Duarte expressou frustração por não ter recebido informações sobre a falta de soro de forma imediata, o que poderia ter impactado a decisão de buscar tratamento em outro local.
A comunidade de Piracicaba compartilha a dor da família de Jamily e espera que as investigações esclareçam os detalhes do ocorrido, contribuindo para a prevenção de futuros incidentes similares. A perda de uma vida tão jovem e preciosa deixa a todos consternados e refletindo sobre a importância de uma assistência médica ágil e eficaz em momentos críticos.