A realidade do Controle de vetores e pragas com produtos seguros e eficazes na Europa, e neste caso o exemplo que estamos usando a Espanha, nos trouxe algumas reflexões importantes da similaridades e diferenças aqui no Brasil. Lá como cá o mercado é dominado na sua grande maioria por pequenas empresas familiares, o Dr. Rubén nos apresentou o funcionamento de sua empresa e como são os Contratos para Controle de Vetores e Pragas nas Cidades, assistam também o vídeo de nossa live.
Quais os principais fatores que propiciam o desenvolvimento de pragas?
Os insetos e outros bichos possuem alta capacidade de adaptação e por isso, sobrevivem em todos os tipos de ecossistemas, desde naturais e modificados, terrestres e aquáticos. Um dado muito interessante é que alguns destes animais estão presentes na Terra há aproximadamente 350 milhões de anos. Desse modo, o ser humano necessita estar frequentemente atento e sempre realizar o controle desses bichos, que em grandes quantidades se configuram como pragas e são altamente nocivos à saúde humana, devido a capacidade de permanência, proliferação e transmissão das enfermidades que é muito grande.
A distribuição e a frequência do desenvolvimento das pragas dependem de um conjunto de fatores ecológicos, climáticos, culturais e sociais, por exemplo, com a aceleração da globalização (processo de expansão econômica, política e cultural a nível mundial) muitas doenças tem se espalhado pelo mundo, dificultando em alguns países o controle.
O nosso entrevistado, Dr. Rubén Bueno-Marí, Diretor da empresa Lokimica da Espanha, destacou que o mosquito Aedes albopictus chegou ao país em 2004, por meio das estradas, uma vez que a espécie entra nos veículos e se locomove para diversas cidades do país. Atualmente, a espécie de mosquito que mais preocupa os espanhóis é essa (albopictus), já aqui no Brasil, a nossa maior preocupação é com o mosquito Aedes aegypti contaminado, responsável por transmitir a Dengue, moléstia infecciosa que pode levar à morte.
Por que usar produtos seguros no combate às pragas?
Além da globalização e aquecimento global, outra preocupação do setor está diretamente relacionada aos tipos de produtos usados para o combate das pragas, pois muitas substâncias possuem efeitos tóxicos potenciais tanto à saúde quanto ao ambiente. Há riscos associados à exposição durante os processos de produção, armazenamento, manuseio, transporte, uso e disposição, bem como de derramamento acidental ou descarte ilegal.
Devido ao grande problema de intoxicação os produtos de baixa toxidade estão sendo cada vez mais procurados pelos clientes e demandados por legislação, ou seja, cada vez mais há restrições no uso de produtos tóxicos para o setor. O Dr. Ruben destaca “nós da Lokimica trabalhamos com formulações próprias já direcionadas para cada tipo de praga e região a ser aplicada, sendo que todos os produtos desenvolvidos possuem baixa toxicidade ou nula”.
No entanto, aqui no Brasil, muitos ainda acreditam que quanto mais tóxico é um produto maior é o seu poder contra os indesejáveis mosquitos, ratos, cupins, baratas e outros vetores, mas já está comprovado que isso é um senso comum da população e de muitos profissionais.
Fica um alerta!
Produtos tóxicos quando introduzidos de forma inadequada no ambiente (urbano ou rural) devido as substâncias químicas podem ressurgir como poluentes no ar que respiramos, na água que bebemos e nos alimentos que ingerimos. Podem afetar nossos rios, lagos e florestas e causar danos à vida selvagem e humana, mudando o clima e os ecossistemas. Por menor que seja a quantidade, algumas substâncias acumulam-se no organismo por longos períodos e os efeitos da exposição podem ser notados apenas após vários anos.
Por isso, a segurança química que inclui a prevenção e o gerenciamento dos riscos químicos, é essencial para que esse crescimento seja benéfico e não catastrófico para o ser humano e para o ambiente. Para isso as empresas precisam se profissionalizar e utilizar produtos menos nocivos à saúde das pessoas e ambiente.
Que tipo de produto você utiliza no combate de pragas?
Fique atento(a) a formulação dos biocidas, inseticidas e rodenticidas aplicados, opte sempre por produtos não danosos à saúde humana e ao meio ambiente, além disso, procure empresas capacitadas na aplicação desses produtos, para que o controle seja realmente eficaz.