Quando chega o verão, aumenta a procura por repelentes em todo o Brasil. De acordo com um levantamento realizado pelo portal Guia De Bem-Estar, mesmo com a pandemia em alta, o número de buscas na internet pelo produto é 166% maior agora, no início do ano, do que na metade de 2020. Outros fatores também colaboram para aumentar o interesse da população no item, como a epidemia da dengue.
Como há uma grande variedade de repelentes com diferentes composições, é importante ficar atento às fórmulas de cada um deles, principalmente se você tem filhos e pretende passar o produto neles. Então, veja quais as principais substâncias contidas nos repelentes e se há alguma contraindicação para o uso de cada uma delas:
Icaridina
A Icaridina é um princípio ativo advindo da pimenta e é, atualmente, uma das substâncias mais presentes nos repelentes brasileiros. A popularidade vem da sua eficácia para combater o mosquito transmissor da dengue, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde. Ele é relativamente pouco tóxico. Por isso, a única contraindicação é para uso em crianças menores de 6 meses de idade, já que nesta faixa etária nenhum produto é recomendado.
DEET
O DEET é a substância mais polêmica encontrada nos repelentes. Criado pelo exército americano, o composto é frequentemente alvo de notícias assustadoras que se espalham pela internet. No entanto, não há motivos para preocupação, desde que sejam seguidas as instruções do rótulo. Neste caso, é preciso ter muita atenção, pois o tempo de ação dos repelentes feitos com DEET depende da concentração da substância, que varia entre 5% e 30%. Crianças menores de 12 anos não devem utilizar nenhum produto cuja concentração seja superior a 10%. Já as crianças com menos de 2 anos não devem utilizar repelentes com DEET em nenhum caso.
IR3535
O IR3535 também tem baixa toxicidade. Qualquer pessoa acima dos seis meses pode utilizar um repelente que contenha esta substância sem preocupações. A maior desvantagem dos produtos baseados neste princípio ativo é que a duração da proteção contra os insetos é ligeiramente menor do que as fornecidas pelas substâncias citadas anteriormente.
Fique atento aos rótulos
Antes de comprar o seu repelente, é fundamental prestar atenção no rótulo do produto. Além de descobrir quais das 3 substâncias estão presentes, a verificação também serve para checar se o produto está regularizado pela Anvisa – o que garante a segurança e a eficácia. Não se esqueça de ver também a data de validade e as instruções para uso.
Caso aconteça alguma intoxicação após o uso do repelente, você deve ligar para o Disque-Intoxicação, criado pela Anvisa em 2005. A ligação é gratuita e o número é 0800-722-6001.