Verão exige cuidados redobrados com escorpiões

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O clima quente e úmido do verão favorece o aparecimento de animais peçonhentos como escorpiões. Saber como conter sua proliferação é útil para evitar acidentes.

Embora não exista infestação de escorpiões em Curitiba, é preciso manter os cuidados para que os animais não se proliferem, evitando acidentes, principalmente nesta época do ano.

“Os escorpiões ocorrem em áreas específicas em Curitiba. Com o aumento da temperatura e a chegada do verão, é o momento mais propício para acidentes nestes locais. Por isso, agora é hora de redobrar os cuidados”, diz a coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS), Ana Paula Poleto.

Mapeamento

A UVZ realiza um trabalho de vigilância, manejo, mapeamento e identificação das espécies causadoras de acidentes. Atualmente há cinco áreas principais de ocorrência de escorpiões no município: região da Rua XV de Novembro; área em torno à rua Alberto Klemtz, no Portão; área em torno da Rua Ângelo Massuchetto, no Boa Vista; área em torno da Rua Firenze, no Butiatuvinha; além de ocorrências em algumas indústrias na CIC.

Em 2021, foram recolhidos 24 escorpiões no total em Curitiba, sendo 18 de importância médica (que podem causar acidentes com humanos). No total, foram registrados sete acidentes envolvendo o aracnídeo no ano.

Em 2020, foram recolhidos 26 escorpiões pela UVZ, sendo 13 de importância médica. Naquele ano, foram notificados também 13 acidentes envolvendo o animal.

Dos 20 acidentes causados por escorpiões entre 2020 e 2021, não há registro de caso grave. Dezesseis foram acidentes leves.

Como evitar acidentes

A orientação da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba é manter os terrenos limpos e roçados, sem o acúmulo de entulhos ou resíduos vegetais.

“Nas cidades, umas das principais fontes de alimento dos escorpiões são as baratas. Então é preciso evitar acúmulo de lixo para não atrair esses animais”, explica Ana Paula.

Para dificultar o acesso dos escorpiões aos imóveis, outra dica é vedar soleiras de portas, colocar telas em ralos e manter a caixa de gordura bem fechada.

O uso de controle químico (popularmente chamado de “desinsetização”) não é efetivo para matar escorpiões e nem recomendado pelo Ministério da Saúde. “Esses produtos irritam o escorpião, mas não matam. Só fazem com que ele saia mais do seu esconderijo, aumentando o risco de acidentes”, diz Ana Paula.

Em caso de acidentes

Ao encontrar um escorpião, a orientação é contatar a Unidade de Vigilância em Zoonoses, pelo telefone 156 da Prefeitura, para receber orientações.

Em caso de acidente, a indicação é buscar atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas. Lá, o médico poderá avaliar o caso e se há necessidade de ministrar soro específico.

“Se for possível, quando for procurar atendimento de saúde, tente capturar o animal num pote de vidro, feche bem e leve junto, ou tire uma foto do escorpião, para que a Secretaria da Saúde faça a correta identificação da espécie e defina o tratamento com maior precisão”, orienta Ana Paula.

A captura só deve ocorrer se for possível realizá-la com segurança. “A pessoa deve usar luvas, calça comprida, camisa de manga comprida e sapatos fechados”, diz.

Também é possível ter orientações pelo 0800 041 0148, telefone do Centro de Controle de Envenenamento, da Secretaria de Estado da Saúde.

Onde o escorpião costuma ser encontrado

– Caixas de gordura;

– Tubos de fiação elétrica;

– Ralos, pias e tanques;

– Encanamento de esgoto;

– Sob pedras no jardim;

– Lixo e entulhos.

Como evitar o contato e a proliferação de escorpiões no meio urbano

– Colocar telas em ralos e vedar vãos e frestas.

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