Muitas pessoas aproveitam o recesso de fim de ano e o verão para viajar. Durante os preparativos da viagem, é primordial a conferência do cartão de vacinação. Independentemente de ser uma viagem nacional ou internacional, é preciso estar atento às vacinas recomendadas e exigidas.
Para a infectologista e gerente médica do Serviço de Vacinação do Sabin Medicina Diagnóstica, Ana Rosa dos Santos, estar em dia com as vacinas é a melhor forma de se prevenir contra algumas doenças. “É sempre melhor prevenir do que remediar. Mas não deixe para vacinar em cima da hora, porque é preciso de, no mínimo, duas semanas após a imunização para se considerar protegido”, destaca.
O risco de adquirir doenças existe mesmo no caso daquelas erradicadas, como a poliomielite e o sarampo, que voltaram este ano pela circulação dos vírus, as baixas coberturas de vacinação para crianças recém-nascidas e a entrada de imigrantes em algumas regiões do país.
Nos últimos anos, nos Estados Unidos e em alguns países da Europa como Inglaterra, Itália, França, Romênia, Sérvia e Ucrânia, surgiram casos de sarampo e poliomielite em pessoas não vacinadas. Erradicadas nas Américas, essas doenças podem ser reintroduzidas por meio de viajantes infectados provenientes de outros continentes que ainda mantém circulação do vírus.
No Brasil, a febre amarela continua acometendo pessoas e, principalmente, viajantes que não se protegem com, pelo menos, uma dose da vacina contra a doença. A meningite é outra doença que pode ser prevenida com vacinas e que, infelizmente, ainda adoece pessoas não imunizadas.
Aqueles que pretendem viajar para outros países devem buscar orientações de acordo com cada região, assim como as condições de hospedagem e a duração da viagem, para que possam se proteger contra doenças como o sarampo, poliomielite, meningite meningocócica (tipos A, C, W e Y). Recomenda-se, ainda, a vacina contra a gripe para todos os viajantes.
A infectologista lembra que o viajante deve tomar as vacinas com, no mínimo, 15 dias de antecedência para aquelas de dose única. E complementa que o ideal é seguir as recomendações e curtir as férias sem o risco de contrair qualquer doença.