Uma parceria entre a Vigilância Ambiental de Olinda e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) busca investigar a eficácia de um método utilizado pelo município para combater o Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. O trabalho teve início na sexta (27) e, ao longo de um ano, vai procurar comprovar a eficácia de armadilhas utilizadas em áreas olindenses para exterminar os ovos e os mosquitos adultos.
O estudo da eficácia das ovitrampas, armadilhas montadas em baldes contendo água e uma substância nociva aos mosquitos, ocorre no Cemitério de Guadalupe e nos arredores.
“Dentro dessas armadilhas, são colocadas paletas, onde são depositados os ovos, e um produto químico. Depois que os ovos estão lá, a gente recolhe as paletas para fazer a destruição mecânica dos ovos e o mosquito em sua fase adulta é morto pelo produto que está na armadilha”, explica o gerente da Vigilância Ambiental de Olinda, Henrique Silva.
O Cemitério de Guadalupe foi o local escolhido devido à maior chance de o Aedes depositar os ovos nas estruturas, segundo o representante da Vigilância Ambiental. “Precisamos ter um raio delimitado e, como existe um ambiente favorável para o mosquito, por ter pouca luminosidade e pela água ficar mais fria, isso torna o local mais atraente para eles”, explica.
A parceria deve durar ao longo de um ano para comprovar se a armadilha, que já vem sendo usada há cerca de 10 anos em Olinda, tem eficácia no combate ao mosquito. “Eles vêm para trazer a parte acadêmica ao projeto e avaliar esse conceito que é aplicado no município para que a gente reveja novos protocolos de captura e destruição do mosquito”, afirma.