O município de Rondonópolis registrou um total de 42 casos de Leishmaniose durante o ano de 2018 e, até o final do mês de março desse ano, já haviam sido registrados pelo menos 2 casos, além de um caso ocorrido já no mês de abril, que ainda não consta nos índices oficiais. A doença infecciosa causada por protozoários é transmitida pela picada de insetos, como mosquito palha, e exige cuidados, como manter os quintais limpos, para evitar que o mosquito se reproduza e que a doença se espalhe.
De acordo com dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Município, em 2018 foram registrados 42 casos de leishmaniose tegumentar, sendo 6 deles no primeiro trimestre de 2018. A leishmaniose tegumentar é caracterizada pela formação de feridas na pele, principalmente nas partes descobertas do corpo. Com o tempo, essas feridas podem surgir nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é popularmente conhecida como “ferida brava”.
Ainda em 2018 foram registrados 7 casos de leishmaniose visceral, sendo dois deles no primeiro trimestre do ano, mas não foi registrado nenhuma vítima fatal. Essa variação da doença é sistêmica, acometendo órgãos internos, como o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete principalmente crianças de até dez anos. Após essa idade se torna menos frequente.
Já no primeiro trimestre de 2019 foram registrados 2 casos do tipo tegumentar, mas ainda não há registro de nenhum caso de leishmaniose visceral, ao menos até o final do mês de março, quando o relatório foi fechado. No entanto, informações que chegaram até a redação do A TRIBUNA dão conta da ocorrência de pelo menos um caso de leishmaniose visceral, ocorrido em um bairro localizado na região da Vila Operária e que teria acometido em uma criança.
Precauções
Segundo informações da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), o bloqueio químico para o combate do mosquito palha, transmissor da doença, é feito somente quando há algum caso de leishmaniose visceral confirmado em humano. Esse bloqueio químico consiste na aplicação de um tipo específico de veneno nos 9 quarteirões em torno da residência da pessoa que teve o caso confirmado. Quando isso é feito, a população residente é orientada em guardar pertences pessoais em locais fechados, mesmo porque, o bloqueio é feito também dentro das casas.
A orientação do órgão para evitar que a doença se espalhe é o combate ao mosquito palha, que se reproduz em material orgânico e em decomposição, como folhas de árvores. Por isso, a UVZ alerta para a necessidade de manter os quintais limpos.
Os cães também devem ser cuidados pelos proprietários e, em caso de suspeita de leishmaniose, é necessário a realização de exames. Com a confirmação, a doença pode ser tratada com medicamentos, apesar de a doença não ter cura nos animais.