O levantamento é da Associação dos Controladores de Pragas de Santa Catarina (ACPRAG) junto aos associados já apontava que 50% deles passaram a prestar os serviços de sanitização três meses depois que começou a pandemia.
Escolas, condomínios residenciais, imobiliárias, lojas, clínicas, hospitais e laboratórios têm usado uma arma eficaz no combate à Covid-19: a desinfecção e a sanitização de ambientes. Durante a pandemia, a busca por este serviço cresceu cerca de 50%.
O levantamento da Associação dos Controladores de Pragas de Santa Catarina (ACPRAG) junto aos associados já apontava que 50% deles passaram a prestar os serviços de sanitização três meses depois que começou a pandemia.
No balanço final de 2020, esses serviços foram os mais realizados pelas empresas ligadas à entidade. Ou seja, a pandemia acabou criando um novo nicho de mercado para o segmento: a sanitização.
Danielle Piccin, gerente de Recursos Humanos da Imobiliária Ibagy, uma das empresas que têm utilizado o serviço de sanitização, explica que o fator determinante é o cuidado com a equipe de colaboradores e com os clientes.
“Nosso objetivo é manter o ambiente de trabalho o mais seguro possível durante a pandemia”. Danielle conta que a sanitização é realizada nas cinco agências da empresa e abrange desde o estacionamento, da parte de fora da fachada, do corrimão de escada, até todos os ambientes internos. Além disso, carros e motos da imobiliária também são sanitizados.
Em Florianópolis, além dos estabelecimentos controladores de pragas, quem tem realizado o serviço são empresas do segmento de segurança. À primeira vista, pode parecer estranho, mas não é: elas sempre investiram em segurança, e a desinfecção serve para deixar o ambiente seguro.
De acordo com Roberto Paiva, diretor operacional do grupo Khronos, a empresa já faz este serviço há seis anos, e vem se aperfeiçoando desde então com a compra de equipamentos e insumos de ponta. Ele explica que os produtos químicos utilizados são certificados pelos órgãos de saúde. “Utilizamos produtos testados e aprovados no combate à H1N1, no novovírus, no rotavírus e, agora, é no combate ao coronavírus”.
Reforçando que o trabalho deve ser executado de forma preventiva e não corretiva, Paiva explica que o processo de desinfecção de bactérias e de vírus é diferente. Quando é feita a desinfecção, o ambiente fica 100% seguro e o produto irá agir contra as bactérias por vários dias.
Com o vírus, não é assim: embora o ambiente também fique seguro, se alguém com Covid-19 entrar sem máscara, por exemplo, pode contaminar o local. Por isso, ele insiste: “se sanitizar os ambientes já era essencial, agora com a Covid-19 tornou-se ainda mais e deve ser feita regularmente”.
Reforçando os números da ACPRAG, Paiva confirma que a pandemia fez a procura pelos serviços de sanitização crescer em 50%, o que exigiu que a empresa se preparasse para atender a demanda. Só nos finais de semana, dez funcionários trabalham nos dois turnos, atendendo os mais diversos clientes. Em ambientes de até 100 m², o processo de sanitização dura de 40 minutos a uma hora.