Sanitização: muito mais do que aplicar um produto

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sanitização

Muitas pessoas acham que o processo de sanitização é simples e que basta chegar no local e apenas aplicar produto certo. Mas a verdade é que o sucesso da sanitização passa por vários fatores que precisam de atenção.

O primeiro deles, sem dúvida, é saber usar o produto correto. Já falamos em outros momentos por aqui sobre a RDC No 14 de 2007, da Anvisa. Nela, encontramos a classificação dos produtos saneantes com atividade antimicrobiana por âmbito de uso. Dessa forma, percebemos que cada ambiente possui um tipo de produto adequado. Um local de atendimento à saúde, por exemplo, precisa ser tratado com um desinfetante registrado como produto de uso hospitalar, enquanto que uma residência deve ser tratada com um produto de uso geral.

Por que preciso saber aplicar corretamente um produto ?

Mas saber somente isso não garante a eficácia da sanitização. Além de conhecer os produtos que serão utilizados, é importante conhecer o ambiente que será sanitizado. Não adianta simplesmente chegar no local e aplicar o produto adequado. Saber que cada ambiente apresenta suas características e peculiaridades é de extrema importância. Antes de mais nada, é crucial saber qual é a demanda do cliente que está requisitando o serviço de sanitização. Qual é a queixa dele em relação ao ambiente? O que o cliente pretende resolver ou prevenir com a sanitização?

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Imagem: google

As demandas que levam à necessidade da sanitização são diversas e vão depender do tipo de ambiente. Um restaurante precisa da sanitização para evitar o que chamamos de contaminação cruzada, quando um alimento pode ser contaminado através de uma superfície contendo microrganismos que causam doenças. Nesse caso, é importante verificar indícios dessa possibilidade, como o grau de limpeza do local. A cozinha se mantém limpa? O salão onde as refeições são servidas é organizado? Já no caso de um escritório em prédio público, é muito comum a chamada síndrome do edifício doente, definido como um ambiente onde ao menos 20% dos frequentadores apresentam algum tipo de estresse relacionado ao ambiente. Uma das causas da síndrome do prédio doente é a baixa qualidade do ar, relacionada à alta concentração de microrganismos e moléculas alergênicas em suspensão no ar. O mesmo pode acontecer em residências e casas de repouso, onde quadros de alergias e infecções respiratórias são frequentes quando o ar é de baixa qualidade.

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Imagem: Google

Por que preciso compreender as características de cada ambiente antes de realizar a aplicação de produtos?

Nesses casos, é preciso entender as características desses locais para identificar as origens da baixa qualidade do ar. Ou seja, perceber os indícios que o ambiente apresenta é crucial para identificar as causas e traçar a estratégia ideal de sanitização para solucionar o problema. Muitos sanitizadores chegam no ambiente aplicando o produto em várias superfícies, como paredes, bancadas, portas e maçanetas, mas nem sequer checam os filtros do ar condicionado ou como está a manutenção da tubulação do sistema de climatização. Assim, mesmo aplicando um produto adequado nas superfícies, a eficácia da sanitização é bastante reduzida, uma vez que a origem da contaminação pode vir de uma fonte do próprio local, como um filtro sujo de ar condicionado. Diversas superfícies apresentam uma facilidade maior de acúmulo de matéria orgânica e, consequentemente, de mais microrganismos. É o caso não só do ar condicionado, como já mencionado, mas também de cortinas pesadas, tapetes e carpetes e a presença de muitos estofados. Nesses locais, é comum a queixa de um ar pesado para respirar e a incidência de alergias e síndromas respiratórias frequentes. Dessa forma, é importante que o sanitizador avalie esses locais, como por exemplo verificar não só o filtro de ar condicionado, mas também se a cortina está empoeirada, se o local apresenta carpete no chão, se há sinais de umidade na parede. Tudo isso vai indicar a necessidade do tratamento desses objetos que acumulam maior quantidade de microrganismos que vão causar esse desconforto respiratório.

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Com isso, antes de começar a aplicar um desinfetante no ambiente, verifique qual é a necessidade específica do cliente e se pergunte quais são as características que esse local apresenta. Muitas alergias respiratórias são creditadas à saúde da pessoa, mas muitas vezes o motivo está no ambiente que ela frequenta. Então, antes de escolher e manusear o produto, concentre-se no ambiente onde ele será aplicado. Faça um checklist do seu processo de sanitização, além disso conheça o curso completo de sanitização desenvolvido pelo nosso especialista.

Checklist do processo de sanitização!

1Qual é a queixa do cliente?
2Quais são as características do ambiente?
2.1 É arejado?
2.2 É muito úmido?
2.3 Que tipos de superfície há no local?
2.4 Como é o espaço?
2.5 Apertado, amplo?
3Qual produto é mais adequado?
4Qual é a melhor forma de aplicação?
5Avalie os efeitos, resultados e a melhora nas queixas do cliente
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