A atividade de Controle de Pragas (dedetização) é muito complexa e não se restringe apenas em aplicar produtos para combate, ela tem uma visão ampliada do Gerenciamento Ambiental, para que se possa ajustar tudo que favorece o acesso e a permanência das baratas, aranhas, moscas, formigas, escorpiões e ratos, por exemplo.
O Controle de vetores e pragas urbanas: conjunto de ações preventivas e corretivas de monitoramento ou aplicação, ou ambos, com periodicidade minimamente mensal, visando impedir de modo integrado que vetores e pragas urbanas se instalem ou reproduzam no ambiente
conforme RDC 622/22 da ANVISA.
A ANVISA considera o Serviço de Imunização e Controle de Pragas, como atividade de “Alto Risco”, justamente porque em algumas situações, são empregados os desinfestantes domissanitários (inseticidas e/ou raticidas), e isso só deve ser empregado após rigorosíssima avaliação de risco nos locais de aplicação. Fonte: ANVISA – INSTRUÇÃO NORMATIVA – IN N° 16, DE 26 DE ABRIL DE 2017 Art. 5º ANEXO I
Na realização de serviços que dão errado, quem são os responsáveis?
São de responsabilidade de quem executa, mais não exime quem contrata e deve fiscalizar pelo bom andamento dos serviços, podendo o agente público responsável pela fiscalização do contrato ser penalizado por omissão, negligencia ou até mesmo prevaricação, aqui também incluímos a Vigilância Sanitária local, que tem a responsabilidade de fiscalizar, para prevenir agravos a saúde e zelar pela saúde e segurança dos aplicadores e usuários dos locais de aplicação.
As licitações para atividades complexas deve ser preparado por técnica e preço e exigir o comprimento de toda a legislação sanitária e ambiental pertinentes.
Aqui vamos usar como exemplo o serviço realizado em Ipixuna do Pará, onde alunos passam mal após serviço de dedetização em escolas, vamos apontar possíveis falhas, que possam ser melhoradas:
– Checar a documentação da empresa para conferir se todos os registros estão validos, conforme RDC 622/22 da ANVISA;
– Checar também os documentos de todos os funcionários envolvidos na realização dos serviços, se tem registro na empresa, atestados de saúde, treinamentos e EPIs, se estes não tiverem vinculo com a empresa e acontecer algum acidente, a contratante poderá responder;
– Os equipamentos devem estar com a manutenção em dia, regulados e calibrados para o serviço;
– O produto deverá ser escolhido conforme as características do local, para maior segurança, é necessário observar a formulação e ativos mais seguros para cada ambiente, sua ventilação e tempo de reentrada;
– A Ordem de Serviço ou Comprovante de Execução, deve ser apresentada antes do início do serviço, constando os produtos e todas as recomendações necessárias, assinada pelo responsável técnico e pelo responsável que acompanhará o serviço;
– Importante na escolha do melhor produto, selecionar o princípio ativo ideal e a formulação a ser empregada, levando em consideração a ventilação do local, sempre utilizando produtos registrados na ANVISA, caso isso não aconteça, será desvio de uso, que é crime;
– Antes de iniciar o trabalho de “dedetização”, o técnico deverá vistoriar todos os locais para verificar se está tudo protegido para inicio da aplicação, pedindo a correção do que achar necessário para garantir a segurança;
– O Técnico que for realizar as aplicações deverá ter sido capacitação para a realização dos serviços, apresentando os treinamentos a que participou, seja pelo responsável técnico da empresa ou cursos e treinamentos realizados, participação em feiras e congressos;
Lamentavelmente é gravíssimo a falta de desconhecimento de alguns órgãos fiscalizadores da Resolução RDC Nº 622 – ANVISA, de 9 março de 2022, que dispõe sobre o funcionamento de empresas especializadas na prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas e dá outras providências.
Devemos observar sempre as indicações do rotulo do produto e vamos citar alguns cuidados indispensáveis para a segurança e bom andamento dos serviços que devem ser repassados a escola:
- Só andar pelos locais tratados das áreas internas quem estiver com equipamento de proteção (mascara, macacão, etc);
- Retirar do local todas as pessoas por no mínimo quatro horas, não permitir o acesso neste período, necessitando transitar que seja feito com rapidez;
- Se for alérgico só utilizar o local após 24 horas;
- Retirar do local, animais domésticos por oito horas (cães, gatos, aves, peixes, etc.)
- Nas áreas externas, as pessoas devem se afastar por 30 minutos, quando estiver sendo feito as aplicações nas paredes, por ser área arejada após esse período poderão refazer suas atividades normalmente;
- Proteger todos os alimentos (cobrir ou embalar em sacos plásticos);
- Proteger objetos de uso pessoal (toalhas, escovas, sabonetes, papel higiênico);
- Proteger utensílios de cozinha (cubas, panelas, talheres, pratos, etc.) cobrir o embalar em sacos plásticos;
Recomendações pós aplicação:
- Antes de entrar abrir todas as portas e janelas, ligar os ventiladores ou ar condicionado, deixando arejar por no mínimo 01 (uma) hora, somente após este período que poderá ser feita limpeza;
- Todas as pessoas envolvidas na limpeza, deverão usar luvas para efetuar a limpeza;
- Limpeza normal, passando pano úmido com água e sabão no chão e sobre os balcões e mesas;
- Lavar os utensílios, brinquedos e objetos de uso pessoal, que possam ter sido contaminados;
- Não permitir o acesso de pessoas e animais antes da limpeza do local;
Sempre que forem agendados as desinsetizações, deverão ser enviados avisos informando os horários dos serviços e todos os cuidados necessários para preparação do local, e a reentrada após o serviço.
Sempre lamentamos quando algum serviço dá errado, pois traz uma impressão errada sobre o setor, temos muitas empresas preparadas e são a maioria, e estas estão em evolução constante, capacitando seus técnicos, precisamos nos atualizar permanentemente, pra isso os Fabricantes de Produtos e Equipamentos trabalham forte em todo o pais, e nós também com cursos, lives e palestras, também nossa plataforma Pragflix.com para capacitação profissional.