Vídeos revelam presença de roedores em unidade de educação infantil, gerando revolta e cobrando ações urgentes da prefeitura e vigilância sanitária.
A Denúncia e a Revolta da Comunidade Escolar
A comunidade escolar do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luiz Anibal Matiuzzi, situado no Núcleo Habitacional Parigot de Souza, em Apucarana, Paraná, vive momentos de grande apreensão e revolta. Imagens que circulam na internet mostram a presença de ratos andando livremente nas dependências da instituição, que atende crianças em fase inicial de aprendizado. A situação, classificada como grave e insalubre, expõe os pequenos a sérios riscos sanitários.
Segundo denúncias anônimas, que acompanharam os vídeos, funcionários do CMEI estariam sendo coagidos a realizar a contenção da infestação, incluindo o recolhimento de roedores mortos, além de se desdobrarem para evitar que as crianças tivessem contato com os animais. A preocupação é imensa, visto que ratos são conhecidos vetores de diversas doenças perigosas.
Posicionamento da Direção e Cobranças
Uma mulher que se identificou como diretora da unidade educacional minimizou o problema, alegando que os vídeos seriam antigos e que um serviço de dedetização já teria sido realizado. Contudo, a diretora optou por não conceder uma entrevista formal à imprensa, o que aumentou a desconfiança e a insatisfação de pais e responsáveis.
A denúncia levanta questionamentos sobre a eficácia da manutenção preventiva do CMEI e a agilidade da resposta das autoridades competentes. A comunidade escolar cobra uma ação enérgica da gestão municipal de Apucarana, encabeçada pelo prefeito Rodolfo Mota, e dos órgãos de vigilância sanitária para que garantam um ambiente verdadeiramente seguro e saudável para as crianças e condições de trabalho adequadas aos profissionais da educação.
Riscos Sanitários Associados à Presença de Ratos
A presença de ratos em ambientes como creches e escolas representa um perigo iminente à saúde. Esses roedores são transmissores de várias doenças graves, incluindo:
- Leptospirose: Transmitida pela urina de ratos infectados, pode causar febre alta, dores musculares, icterícia e, em casos graves, insuficiência renal e morte.
- Hantavirose: Doença viral grave, transmitida pela inalação de poeira contaminada com fezes, urina ou saliva de roedores.
- Salmonelose: Infecção bacteriana que pode ser transmitida por alimentos ou água contaminados por fezes de ratos, causando diarreia, febre e dores abdominais.
- Outras doenças como tifo murino, febre da mordida do rato e diversas parasitoses.
Além da transmissão direta de doenças, os ratos podem contaminar alimentos, água, brinquedos e superfícies com seus dejetos, aumentando o risco de infecções, especialmente em crianças pequenas, que possuem o sistema imunológico ainda em desenvolvimento e costumam levar objetos à boca.
Protocolos e Responsabilidades
Em situações de infestação de roedores em instituições de ensino, os protocolos da Vigilância Sanitária preveem a inspeção do local, a identificação da origem do problema e a orientação para medidas de controle eficazes. Estas incluem a eliminação de abrigos e fontes de alimento para os ratos, a vedação de possíveis pontos de entrada, uma limpeza profunda e desinfecção do ambiente, e a aplicação de raticidas por empresas especializadas e devidamente licenciadas. Em casos extremos, a interdição temporária do local pode ser necessária até que as condições sanitárias sejam completamente restabelecidas.
É responsabilidade da administração municipal e da direção das unidades de ensino assegurar a manutenção preventiva e corretiva das instalações, garantindo um ambiente livre de pragas e seguro para toda a comunidade escolar. O Conselho Municipal de Educação também pode ser acionado para acompanhar o caso e zelar pelos direitos das crianças.
Precedentes e a Necessidade de Ação Contínua
Infelizmente, casos de infestação por ratos em creches e escolas não são isolados e já foram registrados em diversas outras localidades, muitas vezes resultando na suspensão de aulas e na mobilização de pais e autoridades. A situação no CMEI Luiz Anibal Matiuzzi serve como um alerta para a importância da vigilância constante e da implementação de programas eficazes de controle de pragas em todos os estabelecimentos de ensino.
