Poluição e Risco de Doenças Interditam Lagoa do Iriry em Rio das Ostras

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Esgoto in natura e caramujo do ciclo do verme da esquistossomose impedem banho na Lagoa do Iriry

Esgoto clandestino e presença de caramujo transmissor da esquistossomose tornam a lagoa imprópria para banho, alertam autoridades.

A Lagoa do Iriry, um conhecido ponto turístico e área de preservação ambiental em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, encontra-se em estado crítico. O despejo irregular de esgoto in natura e a proliferação do caramujo que participa do ciclo do verme causador da esquistossomose comprometeram a qualidade da água, tornando-a imprópria para o banho e representando um sério risco à saúde pública.

Esgoto Clandestino: Um Problema Persistente

Um dos principais fatores de contaminação da Lagoa do Iriry é o lançamento de esgoto doméstico sem qualquer tipo de tratamento diretamente em suas águas. Essa prática ilegal agrava a poluição, contribui para a eutrofização (excesso de nutrientes) e cria um ambiente propício para a disseminação de doenças.

Alerta para Esquistossomose

Agravando a situação, foi detectada a presença do caramujo do gênero Biomphalaria (mencionado no título original como ‘caramujo do ciclo do verme da esquistossomose’), conhecido por ser o hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, parasita que causa a esquistossomose em humanos. O contato com a água contaminada contendo as larvas do parasita (cercárias) pode levar à infecção, causando problemas de saúde que podem se tornar graves se não tratados.

Impacto no Turismo e Meio Ambiente

A interdição da lagoa para banho impacta diretamente o turismo local, já que o local é tradicionalmente procurado por moradores e visitantes para lazer. Além disso, a poluição ameaça a biodiversidade da área, que é designada como de preservação ambiental, afetando a fauna e a flora aquáticas.

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