Estamos num momento da busca alucinada de soluções seguras e eficientes para Sanitização de Ambientes, muitas pessoas e empresas estão acelerando pesquisas e melhorando processos, para oferecer um ambiente seguro e permitir o retorno das atividades, usando desinfetantes, antissépticos, desodorizantes e esterilizantes.
O que é Sanitização?
A Sanitização é um processo que reduz o número de bactérias a níveis seguros de acordo com as normas de saúde.
Causa estranheza, mesmo com uma nota técnica clara da ANVISA, até o momento sem indicação dos Fabricantes de produtos para serem utilizados em Geradores de Fumaça, isso ainda venha ocorrendo, não dá pra alegar desconhecimento.
Empresas que oferecem esse tipo de serviço devem ser fiscalizadas com maior rigor, para apresentarem os testes que indicaram o uso desses equipamentos, que até o momento não tem eficácia comprovada. Seus Responsáveis Técnicos notificados também.
Importante cobrar que a Sanitização de Ambientes seja realizada por empresas especializadas, com funcionários capacitados na utilização de biocidas, para que o remédio não se torne veneno.
As publicações da ANVISA passam por extensa e criteriosa pesquisa, são realizadas em fontes de organismos internacionais de saúde, agências reguladoras externas e artigos cênicos recentes, para que somente sejam utilizados produtos regularizados na Anvisa e que tenham sua eficácia comprovada.
NOTA TÉCNICA Nº 26/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA (ver nota na íntegra)
Não devem ser usados os seguintes materiais e equipamentos para desinfecção de superfícies e objetos:
- Vassouras e esfregões secos, pois as partículas contaminadas podem ser veiculadas no ar e atingir outras superfícies e objetos.
- Nebulizadores e termonebulizadores (equipamentos utilizados no combate a insetos/pragas, que geram uma fumaça de substâncias inseticidas/agrotóxicos).
- Frascos de spray com propelente: use frascos de aperto simples.
Os Nebulizadores/Termonebulizadores geradores de fumaça, tem seu uso para aplicações espaciais, onde atingem insetos em voo, com partículas muito finas, que facilmente se dispersam ou derivam, podem evaporar sem tocar a superfície. Esta técnica deve estar sendo utilizada pelo impacto visual, como se fosse algo extraordinário, o volume de fumaça é muito grande e da impressão que está tratando todo o ambiente, e também pela rapidez.
A qualidade das aplicações de sanitizantes está ligada preparação e criteriosa e higienização das superfícies e locais, escolha de equipamentos e produtos adequados, tempo de exposição e medidas de controle pós sanitização.
Precisam ser definidos protocolos rígidos, contínuos e definidas atribuições por parte da Contratante e Contratada.
Shoppings Centers e algumas grandes empresas, entre muitas medidas de controle apresentam em suas publicações esta técnica da Termonebulização, e já foram criticados por Conselhos Federais de Fiscalização.
Para ilustrar bem o que vem ocorrendo assistam o vídeo de uma campanha de um grande Parque temático que convida as pessoas, e induzem as pessoas a acreditarem que estão seguras diante do risco de exposição do COVID-19.
Alertamos a Prefeitura de Jatei-MS e Câmara de Vereadores, através de e-mail, que estavam adquirindo equipamentos que não estão sendo recomendados pela ANVISA, e não recebemos resposta. Em alguns casos o setor público se esconde atrás de Decretos de Calamidade Pública para realizarem compras emergências, mais os Gestores não ficam isentos de ter que prestar contas, seja para o Tribunal de Contas as Câmaras de Vereadores, seja para a população que é o melhor Juiz.
Mesmo com o investimento feito em equipamentos a prefeitura fecha por 15 dias devido ao avanço de casos de coronavírus em Jateí, comprovando o que havíamos alertado e que a ANVISA registrou em nota técnica, que diz que até o momento não há comprovação científica que a Termonebulização/Fumacê funcione no combate ao COVID-19.
Temos que estar cientes que não existem atalhos contra esse novo inimigo, e que muitas mudanças serão necessárias, muitas tecnologias estão por vir, temos que escolher bem nossos parceiros comerciais, não temos a famosa bala de prata com disse recentemente o Dr. Bactéria em uma live conosco.
As pessoas estão sobrecarregadas com informações sobre Covid19 e muitas duvidas ainda, a quantidade de informação não quer dizer qualidade na informação, e assim estamos com um campo gigante para oportunistas, empresas que oferecem esse serviço e esses equipamentos de forma prematura, antes de saírem teste de eficácia confiáveis.
Temos ofertas constante de produtos milagrosos e também o grupo dos que se confundem ou querem confundir as pessoas, com Laudos de Estudos em Laboratório, onde existem produtos que ficam 7 a 14 dias sem desenvolvimento de colônias de bactérias, mais isso acontece em ambiente controlado, que é diferente que aplicar o produto em uma superfície e ela ser exposta ao contato e contaminação, exemplo: pisos, bancadas, elevadores, corrimãos, etc…que sofrerão com a ação de produtos de limpeza, ação do tempo e pessoas contaminadas.
Precisam ser atualizados os protocolos e melhorados os testes para aprovação e registro de produtos Bactericidas e vírucìdas, assim teremos mais segurança.
Desejamos que realmente para o bem de todos, tenhamos em breve um produto com residual, após sua aplicação, pois se esse produto já estivesse disponível para a Sanitização de Ambientes, tudo estaria mais seguro, os aviões voariam por 24 horas, param para a manutenção e sanitização, as escolas, shoppings, Fórum, e demais ambientes funcionam durante o dia e fazem manutenção a noite, e tudo voltaria ao normal, ampliando-se os cuidados pessoais.
Precisamos estar preparados a partir de agora para o novo normal, que estará sempre repleto de cuidados, por nós e pelo respeito e cuidado com o próximo, assim romperemos o ciclo de contagio.
Reforço que o momento é de se capacitar, e estar preparado para estas mudanças, podemos deixar de realizar serviços hoje, mais ser honestos com nossos clientes, oferecer serviços adequados, preços justos, leva-se anos construindo uma reputação e não pode se pode desconstruir por um descuido.
Ninguém melhor que você conhece seu cliente, é o momento de oferecer algo mais para fidelizar.
Aos contratantes, sejam Síndicos de Condomínios, Gestores Públicos, Diretos de Estabelecimentos de Ensino, Saúde e empresariais, devem tomar todo o cuidado ao contratar uma empresa especializada para realizar a Desinfecção ou Sanitização dos Ambientes, pois poderão ser responsabilizados por contratar leigos sem o devido treinamento, estarão assumindo o ônus dos prejuízos e danos causados a saúde, e induzirem com promessas de falta proteção.
Denilson Lehn
Tecnólogo em Gestão Ambiental, especialista em Controle Integrado de Vetores Pragas
Diretor do portal Pragas & Eventos e da DD SERV Paraná.
Distribuidor Independente Jeunesse Global.
Acho que valem algumas obervações:
O processo de sanitização por termonebulização é sim válido, sendo bastante utilizado em estufas agrícolas e instalações pecuárias. O fato de a ANVISA não recomendar, não desqualifica, em princípio, o processo.
A referência na qual a NT 26/2020 se baseia para esta não recomendação é uma publicação do CDC chamada “Best Practices for Environmental Cleaning in Healthcare Facilities: in RLS”, ou seja, é uma nota técnica do CDC referente a boas praticas de sanitização em instalações de saúde. É sabido que esses locais possuem protocolos especiais de sanitização. A Nota do CDC não justifica a não recomendação e a nota da ANVISA simplesmente extrapola essa premissa para ambientes em geral. Cabe o questionamento: será que realmente não é aplicável em outros ambientes?
Voltando à agricultura e pecuária, todos os sanitizantes com indicação para esse processo de aplicação, o recomendam em conjunto com a aplicação por pulverização, donde se conclui que a nebulização deve fazer parte de um conjunto de ações, não ser usado sozinho.
E finalmente o ponto que barra efetivamente a utilização da TN: não há sanitizantes de uso domissanitário com recomendação de rotulo para uso em termonebulização.
Convém ainda ressaltar que a NT da ANVISA ainda diz: “apesar de ainda não termos produtos registrados e testados contra a cepa do SARS-Cov-2, estamos recomendando os produtos que já foram testados contra outros coronavírus” , ou seja, em tese não se tem sequer certeza de que os metodos recomendados sejam eficazes.
Concluo dizendo que no meu entendimento, se a TN não deve ser utilizada, deve-se ao fato de não existirem produtos de uso domissanitário com recomendação de rótulo para este processo, não porque seja ineficaz, ou não recomendado, salvo em estabelecimentos de saúde.
Obrigado pela contribuição, sabemos que na agropecuaria e agricultura temos efeitos positivos e melhorias alcançadas, mais não é esse o foco da matéria, que estamos comentanto é trazer novas tecnologias para a area da Saúde, onde a restrição e necessecidade de resultados eficacez é mais urgente e extritamente necessária.
Aguardamos mais estudos de alguns equipamentos, que vem acontencendo em conjunto com os Fabricantes dos Produtos, que devem testar e aprovar tambem a forma de aplicação, para evtar desvio de uso.
Assim que resultados de aprovação de equipamentos aparecerem, estaremos divulgando tambem.
Infelizmente, temos pessoas vendendo essa solução como soluçãque poderá ser definitiva, ela poderá ser aplicada como ação complementar no futuro, assim que aprovada para Saude humana.
A ideia de usar algo sem aprovação e deixar que os orgãos fiscalizadores provem que não funciona, é complicada, sou pelo prove e use, muitas coisas que hoje não estão aprovadas, por estar no futuro, mais o contratrario tambem é verdadeiro.
Todos os dias recebemos informações que estão testando isso ou aquilo, pesquisas iniciais, que precisam de respaldo tecnico, nossa materia é lastreada em Nota Técnica da Anvisa que vem embasada no CDC,assim que mudar, mudamos e apresentamos produtos e equipamentos aprovados.
Denilson, eu concordo com a posição geral da matéria, É desvio de uso e ponto final. So fiz algumas observações quanto ao uso do procedimento e quis esclarecer que é aplicável e eficaz quando usado em situações recomendadas e com produtos recomendados. e também cabe a questão de a NT da ANVISA a uma primeira vista generalizar uma recomendação do CDC para uma situação particular.Mas certamente é necessário que sejam adotadas apenas medidas recomendadas e com base no que o orgão regulador preconiza.