Armadilhas luminosas: eliminando contradições

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Artigo Marcelo 1 - Pragas e Eventos

Você já deve ter ouvido reclamações de proprietários de restaurantes ou padarias, inconformados quando fiscais da vigilância sanitária exigem a retirada de armadilhas luminosas instaladas em seus estabelecimentos.

E, na via contrária, muitos profissionais da área da qualidade ligam para as empresas de controle de pragas, quando recebem advertência de auditores de algum programa de certificação em Segurança de Alimentos por não possuírem a quantidade adequada de armadilhas luminosas nas áreas de fabricação ou manipulação de alimentos.

Mas afinal, por que essas contradições acontecem?

Em primeiro lugar, vamos evidenciar a importância desses dois profissionais. É imprescindível que a regulação sobre a saúde dos alimentos seja extremamente rigorosa, por isso o auditor da qualidade e do agente de vigilância sanitária precisam desempenhar seus papéis com muita eficiência. Contudo, esses papéis são distintos entre si, e o auditor e o agente, ao cumprirem as normas reguladoras pelas quais são regidos, olharão para o mesmo ambiente de maneira diferente, e é aí que as contradições poderão acontecer.

O auditor de qualidade é o profissional responsável por garantir a conformidade de produtos e processos de uma organização, atuando de forma preventiva para melhorar processos e contribuir para a segurança dos alimentos, utilizando normas que na maioria das vezes foram traduzidas e aplicadas em nível mundial. Já o agente da vigilância sanitária está incumbido de fazer cumprir as leis e regulamentos sanitários locais, visando a prevenção e repreensão de tudo que possa comprometer a saúde pública, e por isso muitas vezes trata do problema que já está instalado no estabelecimento, fazendo autuações e exigindo ações corretivas imediatas.

Não existe base legal para que o agente da vigilância exija a retirada de armadilhas luminosas de um estabelecimento, desde que as mesmas estejam contempladas no Programa de Controle Integrado de Pragas como ferramentas de monitoramento e controle de insetos voadores, tenham sido instaladas em locais adequados, conforme orientações da empresa de serviços de controle de pragas e/ou do fabricante das armadilhas luminosas, e não ofereçam riscos de contaminação provocada pela instalação ou uso inadequado dos equipamentos.

O ponto crucial a ser entendido é que a armadilha luminosa precisa ser tratada e instalada corretamente para que ela se torne uma ferramenta que irá monitorar e controlar os insetos voadores que estão frequentando o ambiente, possibilitando assim à empresa prestadora de serviços de controle de pragas que sejam tomadas as ações preventivas ou corretivas para eliminar as pragas voadoras ou reduzi-las a um nível aceitável.

Vamos enumerar então quais são os protocolos a serem cumpridos para que a armadilha luminosa cumpra o seu papel de aliada no controle de pragas e na prevenção de vetores contaminantes dos alimentos:

Protocolo 1: Não instale armadilhas luminosas em locais inadequados

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É realmente preferível não instalar armadilha luminosa se for para instalá-la em local inadequado. Quando a armadilha é instalada “de qualquer jeito”, sem seguir as orientações do fabricante, ela poderá se tornar um meio de contaminação, e dessa forma o agente da vigilância poderá pedir a sua retirada.

Quando as armadilhas são instaladas de frente para portas ou janelas podem atrair insetos voadores da área externa para dentro do ambiente, causando o efeito contrário ao esperado. Portanto, instale as armadilhas sempre com a sua luz voltada para dentro do ambiente, nunca de frente para portas ou janelas.

Instalar as armadilhas luminosas sobre alimentos, buffet, mesas de frios, balcões frigoríficos, prateleiras de armazenamento ou bancadas de manipulação de alimentos também é errado! Como o objetivo da armadilha é atrair os insetos, se ela estiver sobre estes locais, existe a chance de uma mosca se chocar com a armadilha e cair sobre os alimentos. Além disso, vai atrair insetos para mais próximos do local a ser protegido. Por isso a importância de se estabelecer um bom plano de instalação de armadilhas luminosas, elaborado pela empresa de controle de pragas ou pelo fabricante dos equipamentos. Lembrando que o programa deve contemplar ainda outras barreiras físicas, como cortinas de ar, telas milimétricas nas janelas, portas com fechamento automático e antessalas, para evitar o acesso de moscas ao ambientes com alimentos.

Outras orientações irão envolver instalar armadilhas luminosas a uma altura entre 1,50 e 1,80 metros do chão e afastadas a uma distância mínima de 3 metros dos alimentos. Devem ser instaladas longe de ventiladores ou correntes de ar, que poderão interferir na aproximação dos insetos, e sempre longe de outras fontes de luz, como luminárias ou refletores, para evitar concorrência e a dispersão dos insetos. Para saber mais sobre a instalação adequada, consulte outro artigo que escrevi para o Pragas & Eventos: Os Dez Mandamentos para utilização de armadilhas luminosas.

Protocolo 2: Entenda sobre tipo de armadilha luminosa que será utilizado

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Até o ano 2000, era “tolerado” o uso de armadilhas luminosas de eletrocussão em praticamente todos os tipos de ambientes. Esse tipo de armadilha tem como característica principal a atração de insetos voadores pela luz UV-A e sua eliminação através de uma descarga elétrica de alta-tensão. Mesmo sendo muito eficiente, teve o uso contraindicado em áreas de fabricação e manipulação de alimentos por “fritar” e fragmentar as moscas, podendo espalhar fragmentos com microrganismos patogênicos num raio de até 5 metros.

Atualmente, as armadilhas luminosas utilizadas em áreas sensíveis, especialmente em indústrias de alimentos, bebidas e fármacos, utilizam lâmpadas UV-A que atraem os insetos voadores e uma placa adesiva de alta viscosidade para capturá-los de forma segura. Como os insetos ficam “presos por inteiro” na placa adesiva, não há fragmentação ou chance de partes deles irem pelo ar e provocar contaminação. E, neste caso, a placa adesiva é descartável e deve ser substituída por um novo refil quando 70% de sua superfície estiver coberta por insetos.

Entretanto, antes de realizar o descarte da placa usada, deve-se fazer a contagem e o registro dos insetos capturados, pois fornecem informações estratégicas ao programa de controle integrado de pragas, entre elas a quantidade e espécie de insetos capturados, identificar a rota das pragas (por onde os insetos estão entrando), se há falhas nas barreiras físicas – como furos em telas das janelas ou defeitos em cortinas de ar – e elaboração de gráficos de tendência, fundamentais para a análise da eficácia do programa de MIP e tomada de decisões.

Lembrando que é imprescindível que a placa adesiva seja substituída antes de ultrapassar o limite de 70% da capacidade, pois se estiver muito cheia de insetos poderá se tornar um objeto contaminação, o que chamará bastante a atenção do agente da vigilância sanitária.

Protocolo 3: Utilize armadilhas luminosas com proteção de lâmpadas

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É muito importante que os usuários utilizem armadilhas luminosas adesivas com protetor de lâmpadas. Esse protetor, que normalmente é de um plástico transparente, chamado PETG, garante a segurança no manuseio da armadilha, impedindo que estilhaços de vidro caiam sobre alimentos, produtos ou pessoas, no caso de explosões ou quebra das lâmpadas.

O parágrafo 4.1.8 da RDC nº 216 da ANVISA – 15/09/2004 diz que “As luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser apropriadas e estar protegidas contra explosões e quedas acidentais”. Lembrando que as armadilhas luminosas adesivas evoluíram das lâmpadas fluorescentes UV-A para lâmpadas LED UV-A, que são mais econômicas, ecológicas e mais duráveis. Porém, se o tubo da lâmpada LED for de vidro, ainda assim será necessário o uso de protetor de lâmpadas.

Protocolo 4:  Armadilhas luminosas precisam estar sempre limpas e com a manutenção em dia

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A eficiência e o uso com segurança de armadilhas luminosas adesivas estão atrelados ao compromisso de mantê-las sempre limpas e com a manutenção preventiva em dia, especialmente de seus componentes (lâmpadas UV-A, protetores de PETG e placa adesiva) dentro do prazo estabelecido pelos fabricantes.

Essa manutenção geralmente é disponibilizada através de um contrato do estabelecimento com a empresa de prestação de serviços de controle de pragas ou poderá ser realizada diretamente por um profissional devidamente treinado e capacitado. Havendo uma fiscalização, o agente da vigilância estará atento em observar, entre outras coisas, o nível de higienização da armadilha, pois o acúmulo de sujidades poderá contribuir para a proliferação de microrganismos patogênicos, especialmente bactérias. Por isso, é fundamental cumprir um rigoroso protocolo de limpeza e manutenção das armadilhas, seguindo os passos abaixo:

  • Desligar a armadilha da tomada e levá-la com cuidado para um local onde possa ser limpa sem que insetos ou sujidades caiam sobre alimentos, bancadas, chão etc.
  • Retirar com cuidado a placa adesiva usada e substituir por uma nova placa (refil). Lembre-se de fazer o registro dos insetos capturados na placa antes de fazer o seu descarte adequado.
  • Limpar as partes metálicas e plásticas da armadilha, utilizando um pano umedecido em água com detergente neutro, limpador multiuso ou gel flotador (Seven Gel diluído com 50% de água). Consulte antes a FISPQ e Ficha Técnica do produto para saber se é permitido o uso no ambiente. Não utilize solventes derivados de petróleo e jamais jogue água corrente sobre o equipamento.
  • Se as lâmpadas fluorescentes das armadilhas tiverem mais de 10 meses de uso: Retirar o protetor de lâmpadas (PETG), girar e substituir com cuidado as lâmpadas usadas por lâmpadas UV-A novas. As lâmpadas fluorescentes devem ser substituídas a cada 8.000 horas de uso, aproximadamente 10 meses. Após esse período, as lâmpadas perdem até 40% de sua atratividade aos insetos. Esse tempo também vale para substituir o protetor de lâmpadas (PTEG), que com o uso fica amarelado e impede a passagem da luz, e, portanto, deve ser substituído sempre ao trocar as lâmpadas. Esses cuidados são essenciais, pois a lâmpada pode estar acesa e não estar atraindo insetos e, numa auditoria, é fundamental comprovar que a manutenção preventiva está sendo realizada e devidamente documentada. Todas as armadilhas luminosas da PESTLINE possuem etiquetas adesivas para registrar das datas de início de uso e datas para substituição futura das lâmpadas UV-A.
  • Vale lembrar que nas armadilhas luminosas equipadas com lâmpadas UV-A LED, suas lâmpadas são mais duráveis e poderão ser substituídas com até 18.000 horas de uso, aproximadamente 2 anos.

Protocolo 5: Redija e cumpra o Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF)

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O Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) é um documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento e como serão cumpridos os requisitos exigidos pela legislação sanitária vigente. Ele apresenta a descrição detalhada de todos os procedimentos (POPs), controles, equipamentos e instalações, serviços prestados e contratados, entre eles o Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas.

Cada empresa necessita possuir seu próprio manual, alinhado às práticas e protocolos a serem seguidos pelo seu negócio. Se a empresa não possuir um Manual de BPF, desenvolvido exclusivamente para o seu estabelecimento, certamente dará motivos ao fiscal para desconfiar da sua capacidade em atender requisitos higiênico-sanitários. O fiscal poderá fazer mais questionamentos buscando a real aderência do BPF ao estabelecimento ou interpretar a legislação da maneira como desejar. Todo Manual de BPF deve possuir um capítulo descrevendo os cuidados adotados no Controle de Pragas.

Existem situações em que a empresa até possui (tem escrito) o manual de BPF, mas na prática ele não está implementado. Quem manipula ou comercializa alimentos necessita elaborar e cumprir o Manual de BPF e atender os requisitos estabelecidos pela RDC nº 216 da ANVISA – 15/09/2004 e, se também houverem, outras legislações vigentes em âmbito do MAPA, estaduais e municipais.

Se a empresa não atende os requisitos higiênicos-sanitários, não consegue comprovar que faz a manutenção e higienização das instalações e equipamentos, não comprova que faz o controle de qualidade do alimento, o manejo dos resíduos e o controle integrado de pragas em seu estabelecimento. E, com certeza, estará apta a receber Não Conformidades por parte do agente.

Protocolo 6 – Faça corretamente os registros das medidas adotadas para controle de vetores e pragas urbanas

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O parágrafo 4.3.1 da RDC nº 216 da ANVISA – 15/09/2004 diz que “Todo serviço de alimentação deve adotar medidas preventivas e corretivas para impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas (ratos, baratas, formigas e moscas, entre outros) no estabelecimento”. Todo trabalho referente a higiene, organização, 5S, descarte de lixo e resíduos, limpeza das áreas dentro de recomendações, como POPs da ANVISA (procedimentos operacionais) ou PPHO do MAPA (procedimentos padrão de higiene) precisam de aplicação e supervisão.

Algumas empresas, por desconhecimento, instalam armadilhas luminosas e outras barreiras para captura de pragas nas áreas internas, sem nenhuma avaliação prévia ou registro. Para a avaliação eficaz das medidas preventivas adotadas, recomenda-se a elaboração de um documento de controle contendo todas as medidas preventivas avaliadas, o mapeamento dos dispositivos e armadilhas luminosas, a data e frequência de avaliação, o modo de avaliação, marcando se o item está conforme ou não conforme de acordo com a avaliação realizada, a descrição das não conformidades e as ações corretivas adotadas, além da assinatura do responsável pela avaliação e verificação. É a rastreabilidade com evidências objetivas do trabalho bem-feito. O HACCP / APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle requer monitoramento dos dispositivos os quais precisam estar operantes e com a manutenção correta para cumprir com sua função.

Se a empresa ou estabelecimento tiver todos esses registros, não haverá “brechas” para a fiscalização ou auditoria fazerem questionamentos. Deve ficar bem claro o motivo da utilização daquele dispositivo, o que será controlado, qual a frequência das trocas das placas adesivas, quem vai realizar os registros de capturas, quando haverá manutenção, substituição e descarte das lâmpadas e placas adesivas. E, ainda, onde e quem irá tratar e analisar as não-conformidades e registros de capturas.

Protocolo 7 – Certifique-se de que o Responsável Técnico está preparado e conhece a legislação

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O responsável técnico precisa sempre estar preparado e conhecer profundamente a legislação vigente, mantendo todos os registros e documentos de controle em dia, de forma legível e visível. Desse modo ele estará em condições de dialogar adequadamente com o fiscal e defender as ações que foram tomadas no estabelecimento.

Na necessidade do cumprimento de seu papel, visando sempre o bem-estar das pessoas, o fiscal muitas vezes precisa assumir uma postura mais rígida, pois as falhas nos processos que deveriam garantir a segurança dos alimentos podem custar vidas. Por isso a importância de o responsável técnico, profissional ou proprietário do estabelecimento ou empresa, manter em ordem e atualizadas as informações que comprovem os cuidados tomados. Contra fatos comprovados, não há argumentos!

No caso das armadilhas luminosas adesivas, deve-se comprovar a instalação adequada, o conhecimento do produto, as datas de manutenção periódica e a coleta de dados possibilitada pela armadilha, afinal, ao se conhecer o tipo de inseto que está sendo capturado pela armadilha, ações pontuais e assertivas poderão ser tomadas para impactar positivamente na proteção do ambiente e consequentemente contribuir para a Segurança dos Alimentos que lá são manipulados.

E o que dizem as principais normas sobre o uso de armadilhas luminosas?

1 – RDC nº 216 da ANVISA – 15/09/2004, parágrafo 4.3.1: Diz que “Todo Serviço de Alimentação deve adotar medidas preventivas e corretivas para impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas (ratos, baratas, formigas e moscas etc.) no estabelecimento”.

  • – No trecho específico “impedir a atração”, a norma se refere à higiene do ambiente, organização, resíduos ou alimentos que possam atrair as pragas. Portanto, a captura e exclusão de insetos do ambiente se constitui de forma plena – medida adotada preventivamente e corretivamente no estabelecimento.

2 – RDC nº 275 ANVISA – 21/10/2002, Anexo II – Lista de Verificação

1.16.2 – Cita “Adoção de medidas preventivas e corretivas com o objetivo de impedir atração, o abrigo, o acesso, e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas”.    

3 – IFS (International Featured Standards)

Fonte: www.ifs-certification.com

4.13 Monitoramento de pragas/Controle de Pragas

4.13.4 “Iscas, armadilhas e exterminadores de inseto devem estar funcionando, em número suficiente e posicionadas corretamente. Devem ser construídos e posicionados de forma a não causar qualquer risco de contaminação”.

4 – A BRC (Global Standards)

Norma Global de Segurança dos Alimentos

Fonte: www.brcgs.com

4.14 Controle de Pragas

4.14.6 “Os dispositivos mata-moscas e/ou armadilhas de feromônios serão localizados e postos em uso de forma correta. Se houver perigo de expulsão de insetos de um dispositivo mata-moscas e contaminação de produto, serão usados sistemas e equipamentos alternativos”.

5 – A AIB (Las Normas Consolidadas de AIB para Inspecíon)

Programas de Prerrequisito y de Seguridad de los Alimentos

Fonte: www.aibonline.org

4.13 Trampas de Luz para Insectos Cuando se usan, las trampas de luz para insectos ayudarán a identificar y monitorear los insectos voladores.

4.13.1.1 Las trampas de luz para insectos se instalarán a más de 3 metros (10 pies) de distancia de las superficies en contacto con alimentos, productos expuestos, materiales de empaque y materias primas en las áreas de procesamiento o almacenamiento.

4.13.1.2 Las trampas de luz para insectos se instalarán de manera que no atraigan insectos hacia la instalación.

4.13.1.3 Se realizarán servicios de control en todas las unidades en base semanal durante la temporada activa y mensual durante temporadas más frías o según lo dicte el clima. 4.13.1.4 Se usarán luces resistentes a estallidos en todas las unidades, o como lo indique el Programa de Vidrio, Plástico Quebradizo y Cerámica de la instalación.

4.13.1.5 Todos los servicios realizados en las trampas de luz quedarán documentados. Los registros de servicio se guardarán en el dispositivo y también en el archivo con la documentación sobre manejo de plagas.

4.13.1.6 Las trampas de luz para insectos se usarán para monitorear la actividad de los insectos voladores en los lugares que posiblemente permitan el acceso de dichos insectos a las instalaciones.

4.13.1.7 La instalación documentará los tipos y cantidades de insectos encontrados en las trampas de luz y utilizará esa información para identificar y eliminar la fuente de actividad.

Autores:

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Eng. Marcelo Batista Pereira
Especialista em Armadilhas Luminosas (+30 anos)
Fundador e CEO da ULTRALIGHT
[email protected] Fone: (14) 99787-4733

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Prof. José Carlos Giordano
JCG Assessoria em Higiene e Qualidade
[email protected] Fone: (11) 99977-5949

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