Uma mulher de 35 anos, moradora do Conde, no Litoral da Paraíba, e internada no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, desde a sexta-feira (29) teve confirmado o diagnóstico de malária, segundo a assessoria do hospital. A paciente segue em tratamento.
Este caso é o primeiro registrado no estado em 2019 e a vítima não possui histórico de transfusão sanguínea, tendo adquirido a doença dentro da Paraíba. O protozoário identificado no exame da paciente foi o Plasmodium Vivax, considerado o de menor patogenia.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, de 1994 a 2018 foram notificados 175 casos suspeitos de Malária. Destes, 70 são de pacientes residentes na Paraíba e todos foram registrados como casos importados, ou seja, pessoas que se deslocaram para regiões endêmicas, foram infectadas e retornaram para o estado de residência. Nenhuma morte foi registrada.
A Secretaria do Estado e a Secretaria Municipal do Conde investigam possíveis casos. Uma comissão especial foi formada com trabalhadores da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica da cidade para elaborar um relatório sobre o assunto, no prazo de 60 dias.
Malária
A malária não é uma doença comum no Estado mas ela é transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, que pode ser encontrado na Paraíba nas espécies An.aquasalis; An. albitarsis; An.bellator e An. Argyritarsis.
É necessário que o mosquito esteja infectado pelo protozoário Plasmodium nas espécies P. vivax, P. falciparum e P. malariae, que age na corrente sanguínea para causar a doença.
Além da transmissão por mosquito, a doença pode ser difundida por contato de uma corrente sanguínea com o sangue contaminado.