Cientistas descobrem porque as baratas são quase imortais

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Você tem medo de baratas?

Então não vai gostar de saber que elas são imortais. Mas como assim, elas nunca morrem? Bom, o fato é que as baratas nos acompanharam por milhares de anos, assim como os roedores. Essa notícia não é nada boa, já que esses animais transmitem doenças e pode ser tornar verdadeiras pragas nas casas das pessoas. Mas vem cá, você já viu algum lugar completamente livre das baratas? Pode até parecer que elas não estão por lá, mas se abrir a caixa de gordura da cozinha ou mesmo o esgoto, você verá que esses lugares estão repletos desses animais nojentos. As pessoas tentam ficar livre das baratas, elas dedetizam, compram venenos, usam todas as alternativas para matá-las. Mas então, por que elas nunca desaparecem completamente? Por acaso elas são imortais? Essas são as perguntas que vamos responder para vocês nessa matéria.

As baratas e seu genoma

Cientistas chineses sequenciaram o genoma da barata americana (Periplaneta americana) para fazer uma comparação com a então chamada barata-australiana (Periplaneta australasiae) e com a barata café ahumada (Periplaneta fuliginosa) e com as baratas alemãs (Blattella germanica). O primeiro resultado interessante é que as baratas têm um dos maiores genomas dentro dos insetos. Elas perdem apenas para os gafanhotos. Por outro lado, embora a espécie americana esteja relacionada com o resto das baratas, é além disso mais relacionada com os cupins. Esses dados podem ser muito úteis para estudar as relações evolutivas entre esses animais.

História evolutiva das baratas

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Ao estudar a história evolutiva das baratas, os cientistas encontraram evidências de que existe um grupo de genes que se tornaram expansivos graças a dois mecanismos de grande valor para a subsistência da natureza: a quimiorrecepção e a desintoxicação. Quimiorrecepção são as habilidades gustativas e olfativas que os animais tem para perceber a realidade. Já a desintoxicação são os genes que ajudam os animais a desintoxicar de substâncias nocivas. Quando fizeram a pesquisa genômica, foi constatado que as baratas americanas tem um fundo genético massivo com receptores de sabor amargo, o que lhes permite alimentar-se de alimentos com uma ampla variedade de sabores.

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Os genes de desintoxicação igualmente permitiram que elas sobrevivessem e, ao mesmo tempo, desenvolvessem uma alta resistência aos produtos químicos que usamos contra elas. Será que nunca conseguiremos viver livres dessas baratas nojentas?

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