Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti podem se transformar em meningite

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Aedes Aegypti (Foto: Marvin Recinos/AFP)

Araçatuba entrou em estado de epidemia de dengue e agora já são 967 casos confirmados da doença na cidade. Com isso, exames deixam de ser feitos e o diagnóstico passa a ser clínico.

A única forma de a doença evoluir em uma cidade é pela proliferação e falta de controle do Aedes aegypti. O mosquitinho, que tem cerca de 0,5 cm, é o transmissor da dengue, zika, chikungunya, febre amarela e está comprovado também que, por serem arboviroses (doenças transmitidas por insetos, artrópodes e aracnídeos), esses males podem evoluir para meningite viral.

Pelo menos nove pessoas morreram por dengue este ano na região. Os pacientes eram de: Andradina (2), Birigui (2), Guaraçaí (1), Ilha Solteira (1), Mirandópolis (1) e Penápolis (2). O noroeste paulista é onde está a maior incidência de pessoas doentes no Estado, e pela recorrência, se tornou uma região endêmica para dengue.

Mas o que já é triste e causa tanto sofrimento piorou. Especialistas alertam que os vírus transmitidos pelo mosquito da dengue também podem causar outras doenças.

Segundo o infectologista de Araçatuba Stelios Fikaris, os vírus da dengue, chikungunya ou zika podem atacar qualquer órgão do organismo, inclusive o cérebro, causando meningoencefalite viral.

“Algumas pessoas podem morrer de hepatite, de meningite e outras doenças. Quando temos uma epidemia, aparecem casos mais graves e formas inusitadas, menos comuns, a meningite é passível de ser uma das doenças, pois o vírus inflama o cérebro e o paciente pode acabar morrendo”, diz o especialista.

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