A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em Belo Horizonte, investiga a causa da morte de Aristeu de Souza Lima, de 42 anos, na última sexta-feira (20). A suspeita da família é que ele tenha sido vítima de febre maculosa. Segundo relatos, ele passou mal após passear de cavalo pela orla da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte.
De acordo com Cláudia da Conceição Moreira, viúva de Lima, o marido chegou do passeio com coceiras pelo corpo e, em seguida, passou a ter febre e calafrios. Segundo a Cláudia, os médicos chegaram de tratá-lo como se fosse dengue, mas os sintomas não cessaram.
Lima foi encaminhado para a Upa (Unidade de Pronto Atendimento) Ressaca, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A família denuncia que houve negligência médica.
— Não fizeram exame de sangue para constatar. Foi tratando ele como dengue. Fiz exame particular, paguei consulta particular e ele não se aguentava em pé. Os médicos avaliaram e o mandaram para o pronto atendimento porque viram a gravidade.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que foram descartadas as hipóteses de dengue e chikungunya. A pasta informou, ainda, que aguarda os resultados dos exames para o diagnostico final. A família acreditam que ele tenha sido vítima de febre maculosa.
— Falaram-me febre hemorrágica, mas eu tenho certeza que foi febre maculosa. O exame de sangue dele foi para a Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz]. Vamos ver o que vai dar ou se vai ser maquiado novamente como foi em muitas outras que já saíram.
Morte em BH
Em setembro do ano passado, o menino Thales Martins, então com 10 anos, morreu de febre maculosa depois de visitar o Parque Ecológico da Pampulha junto com um grupo de escoteiros. As capivaras que vivem na orla da lagoa seriam as hospedeiras do carrapato.
A doença é transmitida pelo carrapato estrela e os sintomas aparecem entre dois e 14 dias depois da picada. Entre eles, estão febre alta, dores de cabeça intensas, além de hemorragia.
