O Hospital de Campanha do Pacaembu passa por uma sanitização com equipamentos de luz ultravioleta nesta segunda-feira (6). É a última fase de assepsia do local antes dele ser desmontado e seus equipamentos doados. A unidade foi fechada há uma semana.
Camas colchões, respiradores e oxímetros vão para três hospitais da Zona Leste: Itaquera, São Miguel Paulista e Cidade Tiradentes. O Hospital Albert Einsten, que é responsável pelo local, recebeu os equipamentos no valor de R$ 7 milhões como doação e vai doar novamente.
O hospital tinha 200 leitos de baixa e média complexidade para tratar pacientes com Covid-19, sendo oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A unidade funcionava com portas fechadas e só recebia pacientes transferidos de outros lugares com melhora no quadro clínico, uma espécie de hospital de retaguarda.
Segundo a Prefeitura, os 200 leitos nunca estiveram totalmente ocupados. O dia com maior lotação foi em 12 de maio, quando 167 pacientes estavam internados.
Durante os 84 dias de funcionamento, três pacientes morreram no hospital. Já no Hospital de Campanha do Anhembi, 4.000 pacientes ficaram internados e 29 pessoas morreram.
Com a desativação do Pacaembu, o Hospital do Anhembi vai passar a funcionar em alas, de acordo com a gravidade dos pacientes.
Além do Hospital de Campanha do Anhembi, que é municipal, a capital paulista continua com mais dois Hospitais de Campanha ativos, mas que são administrados pelo governo do estado: Heliópolis e Ibirapuera.
Falta de pacientes
Os últimos dois pacientes que estavam internados no Hospital de Campanha do Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo, receberam alta na manhã desta segunda-feira (29) antes da unidade provisória para tratar pacientes com coronavírus ser desativada.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o Hospital de Campanha foi desativado devido a baixa taxa de ocupação nas últimas semanas. O local, que começou a funcionar no dia 6 de abril, custou R$ 23 milhões aos cofres públicos e recebeu cerca de 1.500 pacientes.
O contrato firmado com a Organização Social Albert Einstein para a administração do hospital instalado dentro do estádio tinha duração de 120 dias, o que permitiria o funcionamento até o final de julho, com um custo inicial de R$ 28 milhões. A redução no contrato foi de cerca de R$ 5 milhões com a antecipação do fechamento. O Einstein vai doar R$ 7 milhões em equipamentos para três hospitais da Zona Leste da capital: Hospital Cidade Tiradentes, Hospital de Itaquera e Hospital de São Miguel Paulista.
Os dois últimos pacientes, uma mulher e um homem, deixaram o hospital sob aplausos dos funcionários.
Segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB), que esteve no local, não há expectativa para a desativação do Hospital de Campanha do Anhembi, que funciona com 1.800 leitos.