Produto químico liberado em forma de gás afeta moradores e leva ao resgate de 15 pessoas em Chapecó (SC).
O incidente
Na noite de quinta-feira (23) e madrugada de sexta-feira (24), o Corpo de Bombeiros Militar de Chapecó (CBMSC) foi acionado para atender a uma grave ocorrência de intoxicação no edifício Itamaracá, localizado na Avenida Getúlio Vargas, em Chapecó (SC). O episódio teve início em uma dedetização realizada no restaurante Pizza Prime, situado no prédio.
O produto químico utilizado foi liberado em forma de gás, espalhando-se rapidamente por todos os andares do edifício, inclusive pela rota de fuga das escadas de emergência, o que agravou a situação.
Evacuação e atendimento
Com a ajuda de equipamentos de respiração autônoma, os bombeiros evacuaram o prédio e resgataram 15 pessoas que apresentavam sintomas de intoxicação. Dessas, seis foram encaminhadas para atendimento médico. Após o resgate, foi realizada a ventilação do edifício para garantir condições seguras de retorno aos apartamentos.
Nota da pizzaria
A Pizza Prime, envolvida no incidente, publicou uma nota oficial lamentando os acontecimentos. A empresa explicou que a dedetização foi realizada por uma prestadora de serviços técnica terceirizada, que já havia realizado esse tipo de procedimento anteriormente. A pizzaria reafirmou seu compromisso com a segurança e destacou sua disposição em colaborar com as investigações.
Cuidados com dedetização
Casos como esse reforçam a necessidade de atenção na contratação de empresas especializadas em controle de pragas e no uso de produtos químicos. Métodos alternativos e seguros para o controle de pragas estão disponíveis no mercado, como abordagens não químicas descritas em Métodos Não Químicos e Não Letais.
Além disso, é importante avaliar a adequação dos métodos utilizados em ambientes residenciais, conforme detalhado em Avaliação do Nível de Infestação. Medidas preventivas também podem ser exploradas em Instalação de um Programa de Controle.
O incidente em Chapecó destaca a importância de práticas seguras e regulamentadas no controle de pragas, visando proteger a saúde e segurança dos moradores e trabalhadores. Acompanhe mais sobre o tema em Pragas & Eventos.
Opinião do Especialista Denilson Lehn
Já acompanhei alguns incidentes semelhantes em um shopping center, onde a aplicação de termonebulização (FOG) foi autorizada para os corredores e estacionamento às 22h30. No entanto, o cinema estava lotado e o público foi liberado apenas às 23h, saindo no meio da fumaça. Também vivenciei um incidente com minha empresa em um grande complexo hospitalar (lotado), onde havia falhas estruturais, e a fumaça se espalhou por todos os andares. Em ambas as situações, não houve consequências graves, mas os resultados poderiam ter sido desastrosos.
É fundamental, antes de iniciar as aplicações com termonebulizador (FOG), avaliar o risco de deslocamento da fumaça gerada pelo equipamento. A fumaça se dispersa por todos os locais e pode vazar por frestas e aberturas, atingindo áreas indesejadas, como ocorreu nesses casos. É importante informar os bombeiros sobre o horário de início e término do serviço, evitando o deslocamento desnecessário de equipes até o local. Além disso, é essencial explicar claramente aos clientes como ocorre a dispersão da fumaça, os riscos de vazamento e possíveis intoxicações.
Em algumas situações, as aplicações têm mais um caráter pirotécnico do que técnico, o que pode comprometer a eficácia e a segurança. Recomendamos que seja entregue um aviso por escrito com todas as orientações sobre o que deve ser feito antes, durante e após a aplicação, incluindo informações sobre o produto utilizado. Também é crucial coletar a assinatura do cliente na ordem de serviço, garantindo que ele esteja ciente de todos os procedimentos e riscos envolvidos.