O município de Jussara, no noroeste do Paraná, enfrenta uma epidemia de escorpiões, segundo a prefeitura. A cidade, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), está entre as quatro do estado com o maior índice de picadas por escorpião neste ano.
De janeiro a agosto deste ano, foram registrados 27 casos de pessoas picadas. Uma menina de dois anos, moradora da cidade, precisou ser internada depois de ser picada, mas se recuperou. Já outro menino de quatro anos, que levou uma picada enquanto dormia, morreu em agosto deste ano.
Os escorpiões, que preferem o tempo seco, se escondem em meio aos entulhos, folhas, tijolos e madeiras que ficam nos quintais das casas. A prefeitura tem notificado moradores onde os escorpiões são encontrados. Em caso de reincidência, a multa pode variar entre R$ 100 a R$ 600.
Há casos em que são encontrados mais de dez em um mesmo quintal, segundo Josafá José da Silva, diretor de endemias do município. “Se o morador fizer a limpeza do quintal, não vai ter escorpião. Agora se não faz, o risco está na própria residência”, afirma.
No Paraná, foram registrados 800 casos de picadas por escorpiões nos oito primeiros meses do ano. As regionais de saúde de Maringá (168), no norte do Paraná, Paranavaí (107), no noroeste do Paraná, e Ponta Grossa (90), na região dos Campos Gerais, foram as que mais tiveram casos confirmados.
De acordo com o médico Henrique Martins, quando uma pessoa é picada por escorpião deve ser encaminhada a um hospital. “O médico vai avaliar a gravidade. Em quase 90% dos casos não precisa ser aplicado o antídoto”, explica.
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