Menina de 3 anos morre após ser picada por escorpião em Ribas do Rio Pardo (MS)

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Menina morreu após ser picada por escorpião em Ribas do Rio Pardo (MS). — Foto: Redes sociais/Reprodução
Menina morreu após ser picada por escorpião em Ribas do Rio Pardo (MS). — Foto: Redes sociais/Reprodução

Em pouco mais de um mês, duas crianças morreram picadas por escorpião na mesma cidade.

Maria Fernanda Britto da Silva, de 3 anos, morreu, neste domingo (1º), após ser picada por escorpião enquanto dormia dentro de casa, em Ribas do Rio Pardo (MS). A menina foi picada pelo aracnídeo em 25 de agosto. Desde então, passou a receber atendimento médico.

Primeiramente, a menina foi atendida em Ribas do Rio Pardo, em decorrência do agravamento do caso, a criança teve que ser transferida para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande. Em pouco mais de um mês, esta é a segunda morte de criança envolvendo o aracnídeo, na cidade de de 23 mil pessoas.

No HRMS, a menina recebeu soro antiescorpiônico. A informação da morte da menina foi confirmada pela mãe da criança, Vanessa Ramirez. Nas redes sociais, amigos e parentes externaram o luto e dor pela perda de Maria Fernanda.

“A minha princesa, quanta falta você vai fazer. Obrigado por sua linda passagem aqui na terra nós amamos muito você. É com coração partido até breve Maria Fernanda”, escreveu uma amiga da família.

Ao g1, a mãe de Maria Fernanda informou que o corpo da filha foi liberado e está sendo transportado para Ribas do Rio Pardo, onde o velório vai ocorrer.

De acordo com a prefeitura de Ribas do Rio Pardo, neste fim de semana, duas pessoas foram picadas por escorpião na cidade. Entre as vítimas, está uma criança, que teve que ser transferida para atendimento médico em Campo Grande. O outro morador foi picado pelo aracnídeo em um alojamento, logo após recebeu atendimento na cidade e foi liberado

Em nota, a prefeitura de Ribas do Rio Pardo lamentou a morte da menina e informaram a causa da morte. “Ela estava internada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul há uma semana após ser picada por um escorpião e recebeu todos os cuidados médicos necessários, mas o enfraquecimento da musculatura cardíaca acabou por provocar uma parada cardiorrespiratória”.

2º morte de criança picada por escorpião

Pyetro Gabriel Arguelho, de 5 anos, morreu no dia 22 de agosto, em Campo Grande (MS), uma semana depois de ser picado por um escorpião em casa, no município de Ribas do Rio Pardo.

O pai da criança, Max Jonatham, disse que o animal estava dentro do calçado do menino. Ele estava se arrumando para ir para escola, quando foi picado.

De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Marcos André de Melo, Pyetro recebeu os primeiros atendimentos no Hospital Municipal de Ribas do Rio Pardo, onde tomou soro antiescorpiônico. No entanto, após piora do quadro clínico, foi encaminhado para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, mas não resistiu.

Max informou ainda que Pyetro era saudável e não tinha outras doenças que pudessem agravar o quadro. A família ainda aguarda resultados de exames que vão apontar as causas oficiais da morte.

Medidas contra o escorpião

Para evitar acidentes com escorpião, siga as recomendações:

  • Uso de água sanitária nos ralos e frestas de portas;
  • Instalação de barreiras mecânicas nas portas;
  • Evitar o acúmulo de entulhos;
  • Fechar frestas e rachaduras nas paredes, evitando que o animal entre nas residências;
  • Manter o ralo do banheiro fechado após o banho;
  • Manter as caixas de gordura bem vedadas.

Caso ocorra um acidente, lave o local da picada com água e sabão. A vítima deve procurar, imediatamente, a unidade de saúde mais próxima para melhor atendimento.

Na unidade de saúde o paciente fica em observação e é avaliado quanto a gravidade do quadro.

Além disso, se matar um escorpião, se possível, recolha e leve ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de seu município para auxiliar na identificação e medidas de prevenção e controle da espécie na sua cidade.

Em Mato Grosso do Sul, a secretaria estadual de Saúde oferece o serviço do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), que ajuda com suporte técnico-científico, orientação, conduta em toxicologia clínica e notificação. Para entrar em contato, ligue nos telefones: (67) 3386-8655 e 0800-722-6001 e 150.

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