O perigo da retomada das atividades. Quais medidas tomar?

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Foto: Lisa Bresler / Unsplash

Muitas cidades do Brasil estão conseguindo estabilizar ou até mesmo reduzir o número de casos diários da COVID-19. Com isso, começamos a ver uma retomada da economia por todo o país com a retomada do comércio, reabertura de shoppings, restaurantes, áreas de lazer, entre outros estabelecimentos que ficaram fechados por todos esses meses na tentativa de controlar a pandemia.

Além disso, com a retomada da economia, mais pessoas passam a circular pelas cidades e os transportes públicos voltam a ter um maior número de pessoas. Mas é preciso ter cautela, pois uma reabertura sem critério pode levar ao aumento da circulação do vírus e do número de casos registrados.

Por isso, é crucial nesse momento que todos os estabelecimentos tenham um plano de contingência para o COVID-19, detalhando todas as medidas tomadas para a volta das atividades.

Para saber quais as medidas devem ser tomadas, cada estabelecimento precisa entender as suas características e ter consciência de como o vírus pode ser transmitido de uma pessoa para outra. Uma das formas de transmissão é pelo ar, através da liberação de gotículas de saliva ou secreções nasais por uma pessoa infectada, através de um espirro, tosse ou até mesmo pela fala. Com isso, outras pessoas (não infectadas) podem inalar essas gotículas e se contaminar nesse ambiente.

Por isso, é de extrema importância evitar aglomerações, implementando uma limitação da lotação do local (visando manter um distanciamento entre as pessoas) e o uso de máscaras por todos os frequentadores do ambiente (para conter a liberação de gotículas). Muitos estabelecimentos também estão aferindo a temperatura das pessoas na entrada, para identificar possíveis infectados que apresentem febre.

Além disso, afastar pessoas (funcionários) com sintomas suspeitos é essencial, para evitar que colegas e clientes sejam infectados. Assim, a nova realidade das atividades comerciais começam a ser observadas no dia-a-dia da população, com filas na calçada para entrar em lojas, farmácias, bancos… e procedimentos especiais ao entrar nesses ambientes.

Uma outra forma de transmissão da doença inclui o contato com superfícies contaminadas pelo vírus. Ao entrar em contato com uma superfície contendo o vírus ativo e levar essas partículas virais para o rosto através das mãos, uma pessoa corre o risco de se infectar.

Assim, é comum e recomendável ter dispensadores de álcool gel na entrada dos estabelecimentos, para proteger as superfícies de contaminação e as pessoas de se contaminarem nessas superfícies.

Lavar as mãos com água e sabão frequentemente é uma medida para se proteger do novo Coronavírus, mas na rua nem sempre temos uma pia disponível, por isso o álcool gel se torna um grande aliado e a sua disponibilização pelos estabelecimentos é essencial como medida de prevenção.

Ainda em relação às superfícies, a prática da sanitização dos ambientes ganha uma enorme importância, pois é capaz de inativar o novo Coronavírus das superfícies, além de reduzir a quantidade de vários outros micro-organismos, dando maior segurança as pessoas e reduzindo o risco de contaminação nos ambientes.

A sanitização engloba métodos físicos e químicos, como a aplicação de produtos químicos saneantes, com o intuito de eliminar os micro-organismos das superfícies. Mas é preciso ter cuidado com essa prática, pois a aplicação desses produtos de forma errada pode reduzir a eficácia do processo e colocar as pessoas em risco.

Diversos fatores precisam ser levados em consideração na hora de sanitizar um ambiente, como o uso dos produtos adequados para cada tipo de ambiente, a concentração e tempo de exposição corretos dos produtos, formas recomendadas de aplicação, entre outros fatores que vão garantir a desinfecção das superfícies.

Sendo assim, é recomendável que os estabelecimentos contratem empresas especializadas e treinadas para oferecer esse serviço.

A sanitização de ambientes é uma abordagem que requer critérios e estratégias bem estabelecidas. A periodicidade do processo, que pode variar dependendo do tipo de estabelecimento, é essencial para observar os benefícios. Isso se deve pelo fato de que a desinfecção de superfícies não garante um efeito residual prolongado.

A verdade é que a desinfecção é um processo que tem por objetivo eliminar os micro-organismos das superfícies naquele momento da aplicação, mas ainda somos carentes em estudos que mostrem algum efeito residual dos produtos nas superfícies.

Assim, a periodicidade da sanitização aliada a manutenção do ambiente pelo dono dos estabelecimentos (através de uma limpeza diária para retardar a recontaminação e o crescimento de micro-organismos) são a chave para garantir um baixo risco de transmissão de COVID-19 pelas superfícies.

Portanto, as empresas especializadas e capazes de realizar a sanitização de ambientes precisam estar capacitadas para tal serviço, investindo em cursos, conhecimento e capacitação dos seus funcionários. Da mesma forma, os estabelecimentos precisam conhecer as empresas e contratar esses serviços em empresas confiáveis e que não ofereçam milagres, pois a sanitização faz parte de um conjunto de práticas necessárias nessa retomada das atividades para aumentar a segurança de todos.

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