Pirenópolis Inova no Combate ao Aedes Aegypti com Tecnologias Avançadas

3 min. leitura
AEDES DO BEM - Pragas e Eventos
Foto: aedesdobem.com.br | Oxitec

O município é pioneiro no Centro-Oeste ao adotar estratégias inovadoras para enfrentar o mosquito transmissor de doenças.

Pirenópolis tornou-se a primeira cidade do Centro-Oeste a implementar um projeto inovador para combater o mosquito Aedes aegypti.

Duas tecnologias revolucionárias estão sendo introduzidas, visando um controle mais eficaz do vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Armadilha de Monitoramento

A cidade adotou uma tecnologia desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais chamada M.I.Aedes. Essa armadilha simula um criadouro e atrai as fêmeas do Aedes aegypti.

Uma vez capturadas, as fêmeas são testadas para verificar se estão carregando o vírus. Isso permite que a prefeitura monitore a presença do mosquito na cidade, identificando áreas críticas e tomando medidas de controle direcionadas.

Aedes do Bem

Outra abordagem inovadora é a “caixinha do bem”, uma tecnologia desenvolvida pela Universidade de Oxford. São cerca de 350 dessas caixas estrategicamente posicionadas em vários locais de Pirenópolis. Cada caixa libera apenas mosquitos machos geneticamente modificados, que não transmitem doenças. Esses mosquitos reproduzem-se com as fêmeas presentes na cidade, mas seus descendentes não sobrevivem, interrompendo o ciclo de reprodução.

Palavra do Especialista

Em entrevista, Carlos Peçanha, biólogo envolvido no projeto, explicou: “A grande sacada dessa tecnologia é que só saem mosquitos machos daqui”. “E o aedes macho não pica, não transmite doença, mas ele se reproduz com a fêmea que está pela cidade e impede ela de produzir outras fêmeas.”

Funcionamento do Processo:

Os mosquitos machos geneticamente modificados são liberados no ambiente. Eles cruzam com as fêmeas que põem os ovos. Devido à alteração genética, apenas os machos sobrevivem, interrompendo o ciclo de reprodução. Essa estratégia visa diminuir gradativamente o número de fêmeas, responsáveis pela transmissão dos vírus.

Conscientização e Números:

A conscientização da população sobre a prevenção, uma vez que o mosquito fêmea é o responsável pela transmissão dos vírus. Pirenópolis, mesmo no segundo mês do ano, já notificou 60 casos, se aproximando dos 111 casos registrados em todo o ano anterior.

Inovação e tecnologia

O projeto inovador em Pirenópolis combina monitoramento eficaz, conscientização da população e tecnologias avançadas para enfrentar o desafio do Aedes aegypti. Essa abordagem integrada e sustentável representa um passo significativo no controle de doenças transmitidas por mosquitos.

Compartilhar