Diante de recentes casos envolvendo escorpiões, a diretora do Departamento Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde Cascavel, Beatriz Tambosi, repassou orientações gerais sobre as precauções para evitar acidentes e os cuidados quando eles ocorrem.
Todo acidente com escorpião que envolva seres humanos, deve ser tratado, na primeira abordagem como emergência. Os acidentes que envolvem crianças de até 7 anos ou de baixo peso e idosos, são potencialmente mais graves. A gravidade do caso depende do escorpião (amarelo apresenta casos mais graves), quantidade de veneno inoculada, idade, peso do paciente, doença cardíaca e sensibilidade individual ao veneno.
O inicio dos sintomas é rápido, cerca de duas horas após a picada, com casos que após 20 minutos os sintomas já aparecem. O quadro é dinâmico e a classificação pode mudar com o passar das horas. O diagnóstico é clínico-epidemiológico, não existe exame pra confirmar o acidente, por isso a importância de informar, quando possível, apontar qual escorpião e fazer a captura da espécie.
O acidente com escorpião é de notificação obrigatória, ou seja, os profissionais de saúde que atendem vítimas de acidente com animal peçonhento devem informar a Divisão de Vigilância Epidemiológica.
A Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental realiza investigação e catação em todos os casos de acidente com escorpião amarelo. Nos casos em que é encontrado escorpião preto, faz-se orientação via telefone e se a pessoa fez captura do exemplar é realizado a coleta do mesmo.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo com a gravidade do caso, podendo ser desde dor local, febre e sudorese nos casos leves, até vômitos, queda de pressão arterial, agitação alternada com sonolência e insuficiência cardíaca, nos casos graves.
Orientações
No ambiente domiciliar o escorpião se abriga embaixo de madeiras velhas, lenha, tijolos, restos de construção, entulhos e frestas de calçadas, muros e paredes.
O lixo doméstico mal acondicionado, restos de alimentos e sujeira nos domicílios são atrativos para os insetos, como as baratas e outros que são alimentos para os escorpiões.
Cuidados:
1. Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar;
2. Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados;
3. Não jogar lixo em terrenos baldios;
4. Eliminar fontes de alimentos dos escorpiões: baratas, aranhas, grilos e outros pequenos insetos;
5. Remover periodicamente materiais de construção e lenha armazenados, evitando o acúmulo exagerado;
6. Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam escorpiões;
7. Remover folhagens, e plantas junto às paredes externas e muros;
8. Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos ou frestas;
9. Vedar soleiras de portas;
10. Reparar rodapés soltos e colocar telas em janelas;
11. Colocar telas em aberturas de porões e manter assoalhos calafetados.
Não se orienta o uso químico para o controle dos escorpiões, pois os mesmos se abrigam em pequenos espaços, podendo permanecer um longo período imóveis, o que torna o tratamento químico ineficaz.
Em caso de acidente, orienta-se a procurar o serviço de saúde imediatamente. Outra orientação é que o animal seja levado durante o atendimento. Lembrando que a captura deve ser feita de maneira cuidadosa, evitando o contato direto com o mesmo.
Caso encontre escorpião na residência ou outro local, orienta-se entrar em contato com a Secretaria de Saúde/Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental, pelos telefones: 3902-1769/1353, nos finais de semana e feriados 98804-7211
Assessoria