Cliente registrou momento em que aves caminhavam sobre embalagens de farinha no Assaí da Avenida Maracanã, levantando preocupações sobre riscos à saúde pública
Uma situação alarmante foi registrada por uma consumidora na última quinta-feira (15) em uma unidade do Assaí Atacadista, localizada na Avenida Maracanã, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Durante suas compras rotineiras, a cliente se deparou com uma cena preocupante: diversos pombos circulando livremente pelo interior do estabelecimento, com acesso direto aos produtos alimentícios expostos nas prateleiras.
O flagrante ocorreu especificamente no setor de cereais, onde as aves foram vistas caminhando sobre embalagens de farinha e outros produtos, potencialmente contaminando itens que seriam posteriormente comercializados para consumo humano. A presença de pombos em ambientes urbanos é um problema crescente que afeta diversos estabelecimentos comerciais.
Problema recorrente sem solução efetiva
Segundo relato da consumidora, que preferiu não se identificar, esta não seria a primeira vez que a presença de pombos é observada no local. “Falei com o gerente e ele disse que pediu dedetização. Mas está assim cheio de pombo faz tempo. Só que agora piorou e nada é feito”, lamentou a cliente em seu depoimento.
A situação foi documentada em vídeo pela consumidora, que registrou tanto pombos caminhando pelo chão do estabelecimento quanto sobre as prateleiras, em contato direto com produtos destinados à alimentação. Este tipo de ocorrência evidencia a necessidade de controle de pragas eficiente em estabelecimentos comerciais.
Riscos à saúde pública
A presença de pombos em ambientes onde são manipulados ou comercializados alimentos representa um sério risco à saúde pública. De acordo com informações do Ministério da Saúde, estas aves podem ser vetores de aproximadamente 50 tipos diferentes de doenças, muitas delas transmitidas quando uma pessoa inala fungos presentes nas penas e fezes dessas aves.
Entre as enfermidades associadas ao contato com pombos, a meningite figura como uma das mais graves. Os sintomas desta condição incluem febre, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia), além de manifestações neurológicas como convulsões, delírio, tremores e, em casos extremos, pode evoluir para coma. A dedetização profissional é fundamental para prevenir problemas de saúde relacionados a pragas urbanas.
Posicionamento das autoridades
Após ser notificada sobre o ocorrido, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou, por meio de nota oficial, que “uma equipe do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (IVISA-Rio) será enviada ao estabelecimento para verificar a situação” e tomar as medidas cabíveis conforme a legislação sanitária vigente.
Resposta do supermercado
Em comunicado oficial, a rede Assaí Atacadista manifestou-se sobre o incidente: “A loja lamenta qualquer desconforto causado aos(às) clientes e informa que uma empresa especializada no manejo de fauna silvestre foi acionada para realizar uma operação emergencial na unidade. Enquanto o serviço não é concluído, a rotina de limpeza da unidade foi intensificada.”
A empresa ainda reiterou “seu compromisso com o cumprimento rigoroso das normas sanitárias e com a adoção de todas as medidas necessárias para a rápida resolução do caso”, embora não tenha detalhado quais procedimentos específicos serão implementados para evitar a recorrência do problema.
Especialistas em saúde pública recomendam que, ao identificar situações semelhantes em estabelecimentos comerciais, os consumidores devem imediatamente reportar o caso aos órgãos de vigilância sanitária locais, que possuem autoridade para realizar inspeções e, se necessário, aplicar as sanções previstas em lei. Para estabelecimentos que enfrentam problemas com pragas urbanas, é recomendável buscar serviços especializados de controle de pragas que ofereçam soluções eficazes e duradouras.
