Entidades produtivas e órgãos de controle buscam soluções para a proliferação
A 1ª Promotoria de Justiça Cível de Mirassol D´Oeste, no Estado de Mato Grosso, está conduzindo uma investigação para descobrir as causas do recente aumento da população de mosca-dos-estábulos (Stomoxys Calcitrans) em várias propriedades rurais do município. Na terça-feira (27), representantes do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Empaer, Indea e autoridades municipais reuniram-se para discutir estratégias de ação.
Segundo os especialistas presentes, a primeira medida a ser tomada será iniciar inspeções na Usina Coperb já nesta quarta-feira. Os órgãos ambientais estão buscando informações sobre o volume de vinhaça produzido por safra, a área geográfica afetada pela distribuição da vinhaça, o protocolo de distribuição nos arredores da usina, a frequência das operações de distribuição, o tipo de solo nas áreas que recebem a vinhaça e o período de maior aplicação desse resíduo.
A promotora de Justiça Tessaline Higuchi explica que, em 2015, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso firmou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Município de Mirassol D´Oeste, o Sindicato Rural e a Usina Coperb, estabelecendo medidas para regular a prevenção e a fiscalização do controle da mosca-dos-estábulos.
“As últimas inspeções realizadas pela Sema e Indea constataram que não foram adotadas medidas adequadas para lidar e resolver o problema. Além disso, verificou-se que as medidas estabelecidas no TAC assinado em 2015 estão ultrapassadas”, ressaltou a promotora de Justiça.
O coordenador do Centro de Apoio Técnico à Execução (Caex) do MPMT, promotor Marcelo Caetano Vacchiano, destaca que a proliferação da mosca-dos-estábulos é um problema que afeta outras regiões do estado. “Estamos realizando essa perícia ambiental com a participação de diversos órgãos e, ao final, pretendemos encontrar soluções que possam ser aplicadas em outros municípios que enfrentam o mesmo problema”, afirmou.