Nasa pede ajuda para mapear os mosquitos do mundo

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- Pragas e Eventos

RIO — Numa tentativa de mapear os mosquitos no mundo, a agência espacial americana lançou o aplicativo “Mosquito Habitat Mapper”, que pede aos cidadãos em todo o mundo que compartilhem informações sobre a presença de criadouros em suas regiões. O programinha guia o usuário no processo de identificação e eliminação de possíveis berçários, e determina qual é a espécie de larva, informação fundamental para evitar doenças.

— Satélites não veem mosquitos — disse Assaf Anyamba, cientista do Centro Espacial Goddard, em Maryland. — Entretanto, os satélites nos fornecem plataformas de observação pelas quais monitoramos as variáveis ambientais que indicam onde as populações de mosquitos podem florescer. Isso nos ajuda a identificar áreas onde doenças podem surgir.

Os mosquitos provocam danos muito maiores que o incômodo das picadas. Doenças transmitidas por diferentes espécies matam cerca de 2,7 milhões de pessoas por ano. O Brasil é um dos países mais atingidos por esse problema, com sucessivas epidemias de dengua, zika e chicungunha. Esses insetos também são vetores de outras doenças, como febre amarela e malária.

O aplicativo indica quatro passos para os cientistas cidadãos. O primeiro é identificar possíveis habitats para as larvas dos mosquitos: fontes de água, naturais ou artificiais. O segundo passo é usar um copo para coletar amostras e contar o número de larvas. Para identificação da espécie, os participantes devem tirar fotos em close-up e, terminado o processo, o habitat, se possível, deve ser eliminado.

— Pela geração de dados locais, do campo, com a ajuda de cientistas cidadãos, os aplicativos dão aos cientistas dados suplementares para a modelagem das populações de mosquito — disse Rusty Low, do Institituto para Estratégias Ambientais Globais, em Virginia.

O aplicativo está disponível para Android e iOS, como parte do programa GLOBE Observer.

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